Em Itu, Temer diz que Brasil tem 'tend�ncia a caminhar para autoritarismo'
Jorge Araujo/Folhapress | ||
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Michel Temer discursa na prefeitura de Itu em comemora��o � proclama��o da rep�blica |
O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (15), dia da Proclama��o da Rep�blica, que v� pessoas "preocupadas com o que est� acontecendo no Brasil", j� que o pa�s tem uma "tend�ncia a caminhar para o autoritarismo".
Ele voltou a defender o fortalecimento das institui��es e da federa��o como solu��o para essas quest�es.
O discurso foi feito em Itu (101 km de S�o Paulo), para onde o governo foi transferido simbolicamente no feriado, cidade que foi palco de uma conven��o em 1873 que discutiu a cria��o da Rep�blica.
"Se n�s n�o prestigiarmos certos princ�pios constitucionais, a nossa tend�ncia � sempre caminhar para o autoritarismo, para uma certa centraliza��o. N�s, o povo brasileiro, temos at�, digamos, uma certa tend�ncia para a centraliza��o", disse, antes de fazer uma retomada hist�rica dos momentos em que o pa�s viveu ditaduras no s�culo 20, como o governo Get�lio Vargas e o regime militar.
Segundo ele, esses movimentos n�o foram frutos apenas de golpes de Estado, mas porque "o povo tamb�m quer".
"O fato de n�s termos transferido o governo praticamente para Itu � de uma simbologia muito forte, muito significativa", afirmou.
"Aqui n�s inauguramos uma f�rmula que a rigor deveria impedir os movimentos centralizadores que se deram no hist�rico que eu fiz. O ideal seria que nunca tiv�ssemos essa centraliza��o, autoritarismo em certos momentos que houve no passado."
Na cerim�nia, que aconteceu no audit�rio da Prefeitura de Itu, foi entregue o titulo de cidad�o ituano ao vice-presidente da Fiesp (Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo) Jos� Eduardo Bandeira de Mello, amigo pessoal de Temer.
A seguran�a do pr�dio foi refor�ada pelo Ex�rcito, que ficou nos arredores. O evento n�o encheu as 400 cadeiras do audit�rio.
Do lado de fora, manifestantes organizados por PT e PSOL fizeram um protesto nos arredores da prefeitura.
Em seu discurso, Bandeira de Mello defendeu a gest�o Temer. Segundo ele, "nunca antes nesse pa�s algu�m foi t�o tra�do e v�tima de tantas ciladas como o presidente Temer".
Temer, ao agradecer, listou medidas de sua gest�o, como o teto de gastos e a reforma trabalhista, e relatou "v�rios eventos que tentaram paralisar o governo", refer�ncia � dela��o do empres�rio Joesley Batista e den�ncias da Procuradoria-Geral da Rep�blica contra ele.
Segundo o presidente, esses eventos "n�o paralisaram a gest�o" e a "caravana foi passando tranquilamente".
TUCANOS
Temer chegou ao evento, que acontece dois dias ap�s o pedido de demiss�o do ministro das Cidades, o tucano Bruno Ara�jo, de dois caciques do PSDB: o governador Geraldo Alckmin e o ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo).
A sa�da de Ara�jo antecipou discuss�es sobre reforma ministerial e desembarque da legenda do governo. Temer, Alckmin e Imbassahy sa�ram sem falar com a imprensa.
O presidente voltou para Bras�lia no in�cio da tarde.
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