Em confronto com Janot, Temer diz que pa�s exige responsabilidade em 'palavras'
Eduardo Anizelli - 27.jun.2017/Folhapress | ||
O presidente Michel Temer, durante pronunciamento na ter�a (27) |
Na mesma semana em que acusou Rodrigo Janot de fazer "ila��es" contra ele, o presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (29) que o atual momento do pa�s exige responsabilidade de todos em "atos" e "palavras".
Em discurso durante cerim�nia de um ano da san��o da chamada Lei das Estatais, o peemedebista afirmou que nada pode impedir o pa�s de viver neste momento uma "respira��o extraordin�ria" com o arrefecimento da crise econ�mica.
Na ter�a-feira (27), um dia depois de ser denunciado por corrup��o passiva, o presidente acusou o chefe da PGR (Procuradoria-Geral da Rep�blica) de "revanche" e de ter feito "ila��es" contra ele.
"O momento que atravessamos exige responsabilidade de todos, com a coisa p�blica, com atos e palavras. O que est� em jogo � supera��o de uma crise sem precedentes. N�s estamos tratando do futuro do pa�s", disse.
O peemedebista ressaltou ainda que, na sociedade brasileira, todos devem responder por suas realiza��es, citando o Poder Judici�rio.
"A palavra responsabilidade na ideia fundamental, b�sica, alicer�adora, criadora e estruturante do estado brasileiro, em que todos respondem por seus atos. Estejam onde estiverem, na atividade privada, na atividade p�blica, no Legislativo, no Executivo, no Judici�rio, onde quer que estejam", disse.
No momento em que tem feito cr�ticas ao empres�rio Joesley Batista, o presidente disse que a gest�o peemedebista frustou "interesses de gente poderosa", que, segundo ele, se servia da atividade p�blica para objetivos "n�o l�citos".
Segundo ele, havia a necessidade de acabar com certo "ass�dio ileg�timo". O executivo acusou o peemedebista de dar aval � compra do sil�ncio do ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o que � negado pelo presidente.
ESTATAIS
O peemedebista realizou nesta quinta-feira (29), no Pal�cio do Planalto, cerim�nia para comemorar um ano da Lei das Estatais, sancionada por ele mesmo e que estabeleceu novas regras para nomea��o de diretores e conselheiros de estatais.
No per�odo, contudo, o Pal�cio do Planalto fez nomea��o que contrariou a proposta. Em mar�o, como revelou a Folha, foi indicado para o Conselho de Administra��o da Itaipu Binacional o engenheiro Paulo Pedrosa, na �poca secret�rio-executivo do Minist�rio de Minas e Energia, pasta � qual Itaipu � ligada.
Pela regra, � vedada a indica��o de titulares de cargos comissionados que n�o tenham v�nculo permanente com o servi�o p�blico. Procurada pela Folha, a Casa Civil disse � �poca que desconhecia a situa��o de Pedrosa.
Durante a cerim�nia, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, destacou avan�os na gest�o das empresas estatais e fez agradecimentos ao governo do peemedebista. O encontro ocorreu pouco tempo depois de a equipe econ�mica fazer um an�ncio considerado positivo para a economia.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e Dyogo Oliveira anunciaram, logo cedo, que a meta de infla��o, que est� em 4,5% desde 2005, ser� de 4,25% em 2019 e 4% em 2020.
Dyogo disse que o governo criou um indicador de governan�a e boas pr�ticas das estatais. Cada empresa, segundo ele, ser� submetida a avalia��es, que incluem a an�lise da efici�ncia de conselhos e diretoria, al�m de transpar�ncia das informa��es. "Servir� para aumentar o n�vel de excel�ncia na gest�o", disse.
Ao fazer o balan�o de um ano de vig�ncia da Lei das Estatais, Dyogo Oliveira destacou que o Banco do Brasil, o BNDES e a Petrobras, que s�o as tr�s maiores, cumprem integralmente as regras estabelecidas pela lei.
Existem hoje 151 empresas estatais, segundo o governo, que empregam 523 mil pessoas.
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