Viana avisa PMDB que n�o vai se comprometer com PEC do teto
Alan Marques - 2.set.2015/Folhapress | ||
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Renan Calheiros (PMDB-AL), afastado da presid�ncia do Senado, e seu sucessor, Jorge Viana (PT-AC) |
O senador Jorge Viana (PT-AC) avisou o PMDB que n�o vai se comprometer a manter a agenda de vota��es de interesse do governo de Michel Temer se o plen�rio do STF (Supremo Tribunal Federal) confirmar o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presid�ncia do Senado.
Por essa agenda, passa a vota��o do segundo turno da PEC do teto do gasto p�blico marcada para o pr�ximo dia 13.
Viana � o primeiro vice-presidente e sucessor natural de Renan at� fevereiro, quando termina o mandato de ambos na Mesa Diretora.
Na noite desta segunda (5), logo ap�s a divulga��o da liminar do ministro Marco Aur�lio Mello que afastou o peemedebista do cargo, Viana esteve na resid�ncia oficial da presid�ncia do Senado.
O petista teve ent�o uma conversa reservada com o pr�prio Renan, o l�der da bancada do PMDB, Eun�cio Oliveira (CE), e o l�der do governo no Congresso, Romero Juc� (PMDB-RR).
Aos tr�s, afirmou que poder� manter a agenda prevista de vota��es enquanto o plen�rio do STF n�o confirmar a liminar de Marco Aur�lio. Afinal, na an�lise de Viana, ele teria o discurso de que n�o pode mexer na pauta do Senado at� que saia a decis�o de toda a corte.
Entretanto, o senador deixou claro que, na hip�tese de o Supremo ratificar o afastamento de Renan, o jogo pol�tico muda. H� uma expectativa de que os ministros do tribunal apreciem o tema nesta quarta (7).
Segundo a Folha apurou, Viana disse aos colegas de Senado que ficaria muito dif�cil para ele, membro do PT e da tropa de choque que tentou barrar o impeachment de Dilma Rousseff em agosto, privilegiar uma agenda de interesse de Temer, cujo governo � classificado pelo partido dele de "golpista".
O alerta do senador do PT preocupou os peemedebistas e, obviamente, o Pal�cio do Planalto, sobretudo por causa da vota��o do segundo turno da PEC do teto do gasto p�blico, carro-chefe do governo Temer para tentar recuperar a economia em 2017. Viana votou contra a proposta no primeiro turno.
A bancada do PT deve pression�-lo, no caso de ele assumir a cadeira de presidente do Senado, a n�o coloc�-la em vota��o este ano –apesar da press�o que o petista sofrer� de l�deres de partidos da base do governo, maioria hoje no Senado. Publicamente, o petista disse que a crise � "grav�ssima" e evitou antecipar sua postura na eventualidade de virar presidente da Casa.
Com a vota��o da PEC semana que vem, a medida entra em vigor assim que for promulgada pelo Congresso. A proposta � a principal bandeira do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que passa por um processo de desgaste na base aliada do governo, incomodada com a falta de sinais de f�lego da economia.
Renan deve ser notificado da decis�o do STF na manh� desta ter�a, depois de ele ter se recusado assinar o of�cio de afastamento na noite passada. Ap�s essa etapa, os l�deres devem discutir, por exemplo, se v�o manter na agenda do dia a vota��o do projeto de abuso de autoridade, que vinha sendo tocado pelo pr�prio presidente do Senado, num embate dele contra o Judici�rio.
Boa parte dos senadores, por�m, j� tinha articulado na segunda (5) adiar essa vota��o, antes mesmo de o ministro Marco Aur�lio decidir afastar Renan.
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