Vem Pra Rua e MBL mant�m convoca��o de ato sobre pacote anticorrup��o
Os grupos Vem Pra Rua e MBL (Movimento Brasil Livre), dois dos principais organizadores dos protestos pela queda da ex-presidente Dilma Rousseff, mantiveram a convoca��o de protesto marcado para o pr�ximo domingo (4) depois que a C�mara aprovou uma vers�o desfigurada do pacote anticorrup��o proposto pelo Minist�rio P�blico Federal.
Inicialmente, a manifesta��o seria contra a tentativa velada de anistiar crimes passados, ideia abandonada pela c�pula do Congresso e do governo de Michel Temer ap�s a repercuss�o negativa.
Em S�o Paulo, o ato come�ar� �s 14h em frente ao MASP (Museu de Arte de S�o Paulo), na av. Paulista. Em Bras�lia, o ato convocado pelo VPR come�a �s 10h em frente ao Congresso Nacional. O movimento est� divulgando protestos contra a corrup��o em diversas cidades de 23 Estados. Tamb�m h� atos confirmados em tr�s cidades no exterior -Lisboa (Portugal), Londres (Inglaterra), Springfield (USA).
No Facebook, o grupo afirma que o "Congresso Nacional transformou as 10 medidas contra a corrup��o em 10 medidas a favor da impunidade". Na p�gina de evento criada para divulgar o protesto, 76 mil confirmaram presen�a no comparecer ao ato na av. Paulista e outras 93 mil pessoas demonstraram interesse. O evento j� foi compartilhado 1 milh�o de vezes.
Em contraste, a p�gina do VPR que convocou manifestantes anti-Dilma a ir � mesma avenida em 13 de mar�o tem 406 mil confirmados, 113 interessados e 6,3 milh�es de compartilhamentos. O ato de mar�o foi visto como um grande sucesso por apoiadores e opositores da petista.
O MBL (Movimento Brasil Livre), adepto de pautas mais espec�ficas, se posicionou contra uma das principais altera��es feitas pela C�mara: a emenda que prev� a possibilidade de ju�zes e procuradores responderem por crimes de abuso de autoridade com base em v�rias condutas, algumas de car�ter subjetivo. A emenda � apontada como rea��o do Congresso �s investiga��es da Opera��o Lava Jato.
A exig�ncia do grupo anti-Dilma � que o texto em quest�o seja arquivado sem ir para vota��o.
O motivo da convoca��o inicial, feita na semana passada, foi a tentativa de anistiar crimes de corrup��o e de lavagem de dinheiro cometidos no passado, manobra que contou com o apoio de l�deres das principais bancadas. A emenda negociada pretendia incluir atos de corrup��o e de lavagem de dinheiro na defini��o de caixa dois. Como a pr�tica de caixa dois s� ser� pun�vel ap�s a publica��o do pacote anticorrup��o, a emenda livraria a barra dos pol�ticos que praticaram corrup��o ou lavagem de dinheiro no passado.
Diferentemente do VPR, que participou da coleta de assinaturas para levar o projeto do Minist�rio P�blico ao Congresso, o MBL n�o chegou a apoiar integralmente as dez medidas propostas.
O grupo era abertamente contr�rio a pontos controversos como o teste de integridade, a validade de provas il�citas feitas de boa f� e a limita��o do habeas corpus. Esses itens acabaram sendo retirados do projeto pela comiss�o da C�mara que se debru�ou sobre o texto, com a anu�ncia dos procuradores da Lava Jato, que estavam interessados em fazer concess�es em nome do andamento da proposta.
Atualmente, o MBL defende que n�o � hora de alterar as leis anticorrup��o defendidas pelo Minist�rio P�blico Federal, pois avaliam que o risco de passar um "jabuti" –tema contrabandeado que n�o tem rela��o com o teor do projeto– � alto. A vis�o foi defendida pela advogada Jana�na Paschoal em Congresso do movimento.
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