Temer pede a Rodrigo Maia retomada da estabilidade na C�mara
Com o receio de um prolongamento do racha na base aliada, o presidente interino, Michel Temer, aproveitou nesta quinta-feira (14) o primeiro encontro com o novo presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para iniciar estrat�gia para tentar curar as feridas abertas pelo processo parlamentar.
Em reuni�o de cerca de meia hora, no gabinete presidencial do Pal�cio do Planalto, o peemedebista fez um apelo ao democrata pela retomada do clima de estabilidade na C�mara dos Deputados e defendeu que eventuais rupturas ou desentendimentos criados durante a disputa eleitoral sejam superados em nome da governabilidade.
No encontro, o presidente interino pediu celeridade na an�lise da pauta de interesse do Pal�cio do Planalto na volta do chamado "recesso branco", em agosto. Ele citou, por exemplo, o teto para os gatos p�blicos, a renegocia��o das d�vidas estaduais e as reformas trabalhista e previdenci�ria.
Na presen�a do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tamb�m participou da reuni�o no Pal�cio do Planalto, o peemedebista defendeu a ado��o para o segundo semestre de uma "agenda de unidade nacional".
Ela incluiria, al�m de t�picos da chamada "Agenda Brasil" do Senado Federal, a realiza��o de uma ampla reforma pol�tica. A avalia��o feita no encontro foi de que o tema deve ser finalmente enfrentado no pa�s.
HARMONIA
Mais cedo, antes do encontro, o presidente interino avaliou que a escolha de Maia trar� maior harmonia na rela��o entre o Legislativo e o Executivo.
Ele disse que ficou "felic�ssimo" com a escolha do democrata e ressaltou que o resultado do processo parlamentar revela uma distens�o do clima de animosidade que havia no pa�s.
"Senti que o Brasil est� se distensionando. N�s teremos uma harmonia muito maior que ser� �til para o Poder Executivo. No caso, � preciso ter um apoio substancioso do Poder Legislativo, sem o qual fica dif�cil de governar. Os candidatos eram praticamente todos da base aliada e foi uma disputa muito competente e adequada, tendo o resultado que a C�mara dos Deputados desejou", disse.
Segundo o peemedebista, a C�mara dos Deputados deu uma demonstra��o de "conduta c�vica" no processo eleitoral. Ele elogiou o fato dos dois finalistas da disputa sucess�ria, Maia e Rog�rio Rosso (PSD-DF), terem se abra�ado antes do an�ncio do resultado final.
DIFICULDADES
Para o dia seguinte da elei��o parlamentar, o peemedebista definiu que ter� de identificar os focos de insatisfa��o dentro da base aliada para garantir a aprova��o da agenda econ�mica de interesse do Pal�cio do Planalto.
A candidatura de Marcelo Castro (PMDB-PI), por exemplo, foi vista como resultado da insatisfa��o da bancada mineira do PMDB � condu��o do governo federal, sobretudo na distribui��o de cargos e emendas.
O grupo mineiro ficou sem participa��o na Esplanada dos Minist�rios e ainda busca emplacar um nome no Minist�rio do Turismo.
O Pal�cio do Planalto tentar� ainda aproxima��o com Fernando Giacobo (PR-PR), que ficou em quarto na disputa eleitoral. Ele quer indicar um nome para diretoria de Itaipu Binacional e deve ser atendido na reivindica��o.
O parlamentar contribuiu para rachar o "centr�o" e foi respons�vel por conduzir a sess�o da C�mara dos Deputados em que o Pal�cio do Planalto saiu derrotado na vota��o do pedido de urg�ncia para tramita��o do projeto da renegocia��o das d�vidas estaduais.
Livraria da Folha
- Box de DVD re�ne dupla de cl�ssicos de Andrei Tark�vski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenci�rio
- Livro analisa comunica��es pol�ticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade