Maia adotou estilo moderado e se aproximou de Temer
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
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O novo presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ, cria pol�tica do pai, C�sar Maia |
Cria pol�tica do pai e ex-prefeito do Rio C�sar Maia, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), 46, conquistou o comando da C�mara ap�s adotar um estilo moderado.
Deixou de lado o discurso ferrenho de oposi��o aos governos do PT, rompeu a alian�a com o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e se aproximou do presidente interino, Michel Temer (PMDB).
No quinto mandato consecutivo, Maia tem um estilo que divide opini�es nos bastidores. Para alguns colegas � arrogante - outros o consideram apenas reservado.
Na semana passada, quando ainda articulava seu nome � presid�ncia da Casa, Maia disse � Folha que estava disposto a "baixar � temperatura" da C�mara, em meio � crise pol�tica que envolveu Cunha e o Pal�cio do Planalto, sobretudo ap�s o impeachment de Dilma Rousseff.
Editoria de Arte/Folhapress |
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Seu nome foi citado na Opera��o Lava Jato em troca de mensagens com o ex-presidente da OAS L�o Pinheiro –o deputado nega irregularidade.
Sua trajet�ria pol�tica teve impulso como secret�rio da gest�o de Luiz Paulo Conde na prefeitura do Rio (1997-2000), mas a notoriedade nacional veio com a refunda��o do PFL, em 2007, quando passou a se chamar Democratas.
Ex-l�der do PFL, Maia foi eleito presidente do DEM e recebeu a miss�o de modernizar a imagem do partido. N�o teve muito sucesso.
A estrat�gia era ter uma atua��o mais de centro, atrair um eleitorado jovem, mas a sigla seguiu outra rota, de oposi��o rigorosa aos governos petistas.
Maia e o DEM se enfraqueceram no cen�rio nacional. O deputado fracassou na elei��o municipal de 2012, quando candidatou-se � prefeitura do Rio tendo a deputada Clarissa Garotinho (PR) na vice.
O desempenho foi p�fio: apenas 3% dos votos na disputa que reelegeu Eduardo Paes (PMDB-RJ).
Na elei��o de 2014, foi reeleito deputado com apenas 53 mil votos.
Cada vez mais sem espa�o na C�mara, Maia buscou uma transforma��o de comportamento, passando a ter maior interlocu��o em campo advers�rio.
Amigo de Aldo Rebelo (PC do B), ex-ministro Dilma, Maia reatou o di�logo com a esquerda.
Sua candidatura � presid�ncia da C�mara, por exemplo, come�ou a crescer com suporte de comunistas e petistas, que depois se dividiram em outras candidaturas.
Na outra ponta do cen�rio pol�tico, Maia se aproximou de Eduardo Cunha, tendo participado do c�rculo pr�ximo ao peemedebista at� pouco tempo atr�s.
Foi escolhido pelo peemedebista para comandar um texto alternativo a uma proposta de reforma pol�tica que n�o o agradou.
Ele rompeu de vez com Cunha ap�s o peemedebista apoiar Andr� Moura (PSC-SE), do chamado "centr�o", para a lideran�a do governo interino de Temer na C�mara. Maia postulava a fun��o.
O deputado ent�o passou a destacar como uma virtude dele a dist�ncia pol�tica que decidira manter do ex-aliado.
O novo presidente da C�mara declarou � Justi�a Eleitoral um patrim�nio de R$ 736 mil. Na sua �ltima campanha � C�mara, gastou R$ 2,9 milh�es.
Banc�rio, nasceu em Santiago (Chile) no per�odo de ex�lio do pai. � casado com Patr�cia Vasconcelos, enteada de Moreira Franco, hoje chefe da Secretaria do Programa de Parcerias de Investimento de Michel Temer.
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