Cunha se nega a falar sobre gastos no cart�o da mulher Claudia Cruz
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) presta depoimento ao Conselho de �tica da C�mara |
Em seu depoimento ao Conselho de �tica, o presidente afastado da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se negou nesta quinta-feira (19) a falar sobre a origem e destina��o dos recursos que abasteceram a conta da mulher, Claudia Cruz, e que bancaram gastos de cart�o de cr�dito do casal no exterior.
"As despesas efetuada no exterior, o titular era minha esposa, todos os gastos foram feitos por conta de cart�o de cr�dito dela. (...) Eu era apenas dependente de cart�o de cr�dito da minha esposa. Ela tinha, no �mbito dela, e a sua defesa ir� trazer todos os fatos e origens dessa circunst�ncia. (...) A minha esposa n�o � deputada, n�o est� sujeita a representa��o", afirmou o peemedebista aos deputados.
De acordo com a Procuradoria-Geral da Rep�blica, o peemedebista e familiares mantiveram gastos elevados com lojas de luxo, hot�is e restaurantes de alto padr�o no exterior, entre 2012 e 2015, em pa�ses como Estados Unidos, Fran�a, It�lia, Portugal, Su��a, R�ssia, Espanha e Emirados �rabes.
Segundo a Procuradoria, entre agosto de 2014 e 2 fevereiro de 2015, as despesas de cart�es de cr�dito de Cunha, de Claudia Cruz e da filha do casal Danielle Dytz da Cunha somaram US$ 156,2 mil, em conta abastecida por trust [administradora de recursos de terceiros] ligada a Cunha.
"N�o tenho titularidade de cart�o de cr�dito e n�o efetuei gastos como dependente do cart�o de cr�dito da minha esposa, da conta dela, declarada no Banco Central. (...) N�o foi feita nenhuma despesa sob a minha titularidade, vou deixar isso muito claro."
USUFRUTU�RIO
Na tentativa de se desvincular das contas ligadas a ele na Su��a, Cunha tamb�m recuou na afirma��o anterior de que era "usufrutu�rio" em vida das trustes, dizendo aos deputados da comiss�o que usou um termo que juridicamente n�o � correto.
"Sobre o 'usufrutu�rio', quero pedir desculpas pela utiliza��o, quis fazer uma simbologia, usei a palavra juridicamente equivocada. N�o sou efetivamente o usufrutu�rio, afirmei aquilo em uma entrevista jornal�stica, o depoimento estou fazendo agora. Nesse momento tenho que concordar que o termo � inadequado, a discuss�o de ser benefici�rio em vida por at� ter."
Em entrevistas pouco depois de as contas virem � tona, o deputado afastado afirmou: "Tenho um contrato com um trust, e ele � o propriet�rio nominal dos ativos que existiam. O trust � respons�vel pela gest�o e as condi��es pr�-contratadas. Sou benefici�rio usufrutu�rio em vida e os meus sucessores em morte."
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