Rio recorre a empr�stimos para investir
O governo do Rio ampliou nos �ltimos dois anos sua depend�ncia de empr�stimos para realizar investimentos. A previs�o para 2013 � que 70% dos recursos gastos em novas obras tenham como fonte financiamentos.
O volume � indicativo de uma mudan�a na forma de apoio do governo federal ao Estado. Enquanto na gest�o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva a parceria se centrou em conv�nios, principalmente atrav�s do PAC (Programa de Acelera��o do Crescimento), durante o governo Dilma Rousseff a ajuda se deu mais atrav�s da autoriza��o de empr�stimos.
Metr� consome 30% do financiamento para o Rio
Os financiamentos s� foram autorizados gra�as ao aval dado pelo Minist�rio da Fazenda. O Tesouro Nacional atribui nota C �s contas do Rio --numa avalia��o de A a D--, o que n�o garante aprova��o autom�tica de empr�stimos.
Gra�as a essas opera��es, a previs�o de taxa de investimento para este ano chegou a 18,3%, recorde no Estado. Para a Secretaria de Fazenda, o modelo � o mais sustent�vel economicamente.
"Esses investimentos em geral aquecem a economia, geram postos de trabalho, alargando a base tribut�ria e gerando mais arrecada��o", disse a pasta, em nota.
O uso dos empr�stimos � alvo da oposi��o e do TCE (Tribunal de Contas do Estado). Na an�lise das contas do governo de 2012, o TCE apontou que 34% dos recursos n�o foram usados nos setores para os quais foram indicados por lei estadual. A Fazenda, por�m, nega a afirma��o.
"Parece uma corrida por empr�stimos desconectada. Temos de ficar preocupados sobre como ser� a amortiza��o desses empr�stimos ao longo dos anos", disse o deputado estadual Luiz Paulo (PSDB), presidente da Comiss�o de Or�amento na Assembleia Legislativa do Rio.
PROTESTOS
A capacidade de investimentos do governo fluminense � decisiva para os planos do governador S�rgio Cabral (PMDB), alvo de protestos e manifesta��es desde o in�cio do ano. O peemedebista deseja lan�ar seu vice, Luiz Fernando Pez�o (PMDB), � sucess�o estadual em 2014.
Mas o PT n�o abre m�o, por ora, da candidatura do senador Lindbergh Farias (RJ), o que representaria uma cis�o na alian�a entre os dois partidos no Estado.
Como tamb�m pretende pavimentar a candidatura de seu filho, Marco Ant�nio, a deputado federal no pr�ximo ano, Cabral deve deixar o governo entre janeiro e mar�o. Assim, Pez�o teria os meses restantes do mandato para se viabilizar eleitoralmente ancorado nas obras do governo.
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