As mortes por suicídio de policiais civis e militares da ativa cresceram 26% no Brasil em 2023. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na semana passada, mostra que, no caso da PM, o índice superou a soma das mortes de agentes em confronto —em serviço e de folga. No país, foram 110 policiais mortos por suicídio e 107, em confrontos.
Especialistas apontam que os dados ainda são falhos, com gargalos na notificação e no acompanhamento dos casos. Mesmo assim, veem os números como alarmantes: nos estados com os maiores contingentes do país, o aumento nos casos de suicídio somando polícias civil e militar foi de 80% em São Paulo e 117% no Rio de Janeiro.
No mês passado, a Folha mostrou que os registros na PM paulista bateram recorde no primeiro ano da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), segundo dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. Foram 43 casos registrados em 2023 —alta de 30% em relação a 2022 e quase o dobro dos 22 de 2015.
O episódio desta quarta-feira (24) do Café da Manhã discute o aumento de suicídios de policiais no Brasil. A psicóloga Juliana Martins, coordenadora institucional do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, explica o que os registros indicam, trata das respostas que as corporações dão aos agentes que precisam de ajuda e analisa como o cenário impacta a vida e a atuação dos policiais. Ela assina um artigo no Anuário, junto com a policial militar da ativa Juliana Lemes, sobre as mortes de policiais.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon. A produção é de Carolina Moraes e Lucas Monteiro e a edição de som, de Thomé Granemann.
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