O futuro do Irã e do Oriente Médio está em aberto depois da morte do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, na queda de um helicóptero no último domingo (19). O próximo presidente será escolhido em novas eleições e ainda é incerto se o futuro ocupante do cargo dará continuidade à política ultraconservadora e linha dura que marcou a gestão de Raisi –com dura repressão a protestos, agravamento de tensões com os Estados Unidos e ampliação do apoio a grupos terroristas como o Hamas.
A morte do presidente também gera uma incógnita sobre a sucessão ao posto de líder supremo, autoridade máxima (religiosa e política) do país que define estratégias de defesa, segurança e diplomacia. Ebrahim Raisi era visto como possível sucessor do atual líder, o aiatolá Ali Khamenei, de quem era muito próximo.
A sucessão deve ser acompanhada com atenção por atores internacionais, uma vez que a situação política do Irã é central para a dinâmica do Oriente Médio. O aiatolá Ali Khamenei decretou luto oficial de cinco dias no país e nomeou o vice-presidente Mohammad Mokhber como interino. Pela lei, uma nova eleição deve ser convocada em até 50 dias.
O episódio desta terça-feira (21) do Café da Manhã fala sobre o futuro do Irã e do Oriente Médio com a morte de Ebrahim Raisi. Vitelio Brustolin, professor de relações internacionais da Universidade Federal Fluminense e pesquisador da Universidade Harvard, explica a relevância de Teerã hoje e como a instabilidade no país pode mexer com a geopolítica.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gustavo Simon e Magê Flores, com produção de Carolina Moraes e Lucas Monteiro. A edição de som é de Raphael Concli e Thomé Granemann.
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