Duas operações nos últimos dias apontaram suspeitas de elo entre integrantes do PCC e empresas que prestam serviços de transporte público, limpeza e vigilância. As ações desta semana e da semana passada não estão diretamente ligadas, mas o Ministério Público vê nas duas pontos em comum: elas sugerem uma diversificação e uma sofisticação das atividades da facção paulista.
Na última terça-feira (15), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) da Promotoria de São Paulo prendeu 13 pessoas suspeitas de participar de um esquema que fraudava licitações para favorecer empresas ligadas ao grupo criminoso. O Ministério Público analisa o contrato de prestação de serviços em pelo menos 12 cidades paulistas, inclusive na capital.
Na semana passada, a ação mirou duas empresas de ônibus que atuam no transporte público de São Paulo. A Promotoria suspeita que elas eram usadas para lavar dinheiro para o grupo criminoso. Nesta quarta-feira (16), a Justiça tornou réus 19 dos 26 acusados de integrar o esquema –todos ligados às empresas investigadas.
O episódio desta quinta-feira (18) do Café da Manhã trata da presença de organizações criminosas em atividades públicas e privadas. O antropólogo Gabriel Feltran, pesquisador de segurança pública e professor da Sciences Po, explica como o crime se infiltra em diferentes atividades, analisa o que as operações em São Paulo indicam sobre as estratégias do PCC e discute as respostas à atuação do grupo.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Gabriela Mayer e Magê Flores, com produção de Carolina Moraes, Lucas Monteiro e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.
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