Drogasil, Drogaria São Paulo, iFood e Oxxo são as vencedoras da categoria serviço 24 horas da pesquisa O Melhor de São Paulo, do Datafolha. As empresas têm em comum a aposta no público acostumado à vida digital, com a expectativa de rapidez e disponibilidade total.
"Os nativos digitais têm uma expectativa de conseguir as coisas a qualquer momento e de forma mais rápida", diz Ricardo Pastore, professor e coordenador do núcleo de varejo da ESPM. Ele aposta no crescimento do formato 24 horas.
O perfil dos clientes de cada empresa é variado. "Na madrugada, atendemos pessoas recém-saídas do hospital e pais cujos filhos estão passando por algum problema agudo, como uma crise de asma", afirma Jonas Laurindvicius, presidente do Grupo DPSP, das drogarias Pacheco e São Paulo.
Jovens voltando de festas e trabalhadores noturnos —motoristas de aplicativo, policiais e operários da Sabesp— compõem o grosso do público da Oxxo nesse período, afirma Gino Ceschin, diretor de operações da empresa.
"As pessoas sabem que, se precisarem, podem recorrer ao estabelecimento", diz Pastore, da ESPM, reforçando que o fato de as lojas funcionarem 24 horas não necessariamente aumenta o faturamento no curto prazo. "Mas ajuda na imagem e no reconhecimento da marca."
Nesse contexto, a autoria, por assim dizer, do modelo de farmácia 24 horas é disputada pela RD Saúde, detentora das bandeiras Raia e Drogasil, e pelo Grupo DPSP.
De acordo com Patricia Fonseca, diretora regional de operações da primeira, a Droga Raia introduziu o modelo no Brasil ainda durante a Gripe Espanhola (pandemia que se estendeu de 1918 a 1920).
Já Laurindvicius, do Grupo DPSP, afirma que a primeira farmácia 24 horas do Brasil pertence à bandeira Drogaria São Paulo e foi fundada na cidade de São Vicente (SP), em 1952.
Curiosidades à parte, o funcionamento durante a madrugada implica em preocupações de segurança.
"Temos reforço na segurança presencial durante a madrugada e monitoramento remoto por câmeras", afirma Fonseca, da RD Saúde. Ela acrescenta que os funcionários são treinados para não reagir a roubos e assaltos.
Já a rede Oxxo usa rondas itinerantes e, em algumas unidades, vigilantes desarmados.
"Estamos em contato constante com a Associação Paulista de Supermercados e com os órgãos do poder público, discutindo soluções para questões relacionadas à segurança", acrescenta Ceschin.
No caso do iFood, o risco se concentra nos entregadores cadastrados. Em nota, a empresa disse oferecer seguros pessoais —despesas médicas, seguro de vida e invalidez permanente, entre outros.
"Além disso, os entregadores contam com uma central de apoio jurídico e psicológico criada pela empresa para assisti-los em caso de violência ou discriminação durante as entregas", diz o texto.
DROGARIA SÃO PAULO
6% das menções
Fundação
1943
Unidades
1.550*
Funcionários
27 mil*
Faturamento
R$ 14 bilhões*
Crescimento
7%*
*Dados do grupo
OXXO
6% das menções
Fundação
2019 (Brasil)
Unidades
500
Funcionários
5.000
Faturamento
Não divulga
Crescimento
Não divulga
DROGASIL
5% das menções
Fundação
1935
Unidades
3.000*
Funcionários
57,7 mil*
Lucro líquido
R$ 1,1 bilhão*
Crescimento
11,4% (no lucro líquido)*
*Dados do grupo
IFOOD
5% das menções
Fundação
2011
Funcionários
5.000
Faturamento
R$ 7,1 bilhões (abril de 2022 a março de 2023)
Crescimento
Não divulga
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