Pessoas interessadas em dominar um novo idioma têm atualmente um leque com diferentes opções de aprendizado, como cursos com aulas assíncronas e aplicativos gratuitos.
De acordo com Sérgio Monteiro, presidente da Braz-Tesol, associação de professores de língua inglesa no Brasil, a pulverização do mercado é positiva para combater a ideia de que a única forma de aprender um idioma é cumprir dias e horários dentro de uma sala de aula.
Por outro lado, é um erro acreditar que qualquer pessoa fluente em determinada língua tenha automaticamente a capacidade de ensinar. "O aprendizado de uma língua estrangeira demanda tempo, prática e dedicação. Não tem mágica. Essas propagandas de tornar-se fluente em seis meses são propostas marqueteiras", afirma Monteiro, que também é professor de inglês do CNA Guarulhos.
"Muitos professores efetivamente passaram pelos cursos de letras, na licenciatura ou bacharelado, mas há outros que se inseriram no mercado e estão buscando uma qualificação." Enquanto organização, a Braz-Tesol busca conscientizar a sociedade sobre a importância da formação profissional.
A capacitação do corpo docente é um dos focos da Cultura Inglesa, que venceu pela décima vez a categoria de escola de idiomas da pesquisa Datafolha.
De acordo com Samia Marçon, diretora de marketing da empresa, é a solidez da qualidade do ensino que mantém alto o nível de competitividade da escola em meio a alternativas mais recentes.
"Não significa que nosso professor adote um modelo parado em sala de aula; pelo contrário, a gente aposta na importância do ensino fora de sala, da vivência cultural, da música, do teatro e do lazer, para o aprendizado da língua", afirma.
Mencionada por 22% dos entrevistados, a empresa conta com uma faculdade que oferece cursos de graduação —licenciatura e bacharelado—, pós-graduação e extensão, todos relacionados ao ensino de inglês e à educação bilíngue.
Marçon também atribui o resultado da pesquisa à rápida capacidade de adaptação da escola, por exemplo, em relação ao ensino remoto, impulsionado pela pandemia. O período de emergência sanitária, segundo ela, também acelerou um processo de reajuste e otimização da empresa, que fechou 13 unidades no final do ano passado.
A tecnologia segue firme no contexto pós-pandêmico. A Cultura agora utiliza o metaverso como uma ferramenta de ensino, em que os alunos podem transitar por 23 ambientes, que incluem hotéis, restaurantes e outros locais de viagens, para vivenciar de forma online alguns contextos de aprendizado.
Para Sérgio Monteiro, da Braz-Tesol, o ensino online traz vantagem quanto à flexibilidade de lugares e horários, mas também vem acompanhado de desafios, como possíveis problemas de conexão e equipamentos, distrações para o aluno e limitação de interações que na sala de aula já são comuns.
"Mas isso não impede o desenvolvimento da aprendizagem na língua estrangeira. Hoje as coisas estão um pouco mais fáceis [no online], mas ainda há um caminho longo até que esse ensino seja tão eficaz quanto o presencial", acrescenta o professor.
Na Cultura Inglesa, a faixa etária costuma determinar a preferência do público por cada modalidade. Enquanto crianças estão mais no presencial, adultos iniciantes tendem a optar pelo remoto.
Os adolescentes também são uma parcela grande dos alunos da escola, que tem buscado se aproximar do universo gamer. Além de já promover alguns campeonatos de jogos online, a marca passou a patrocinar uma organização brasileira de e-sports, a Vivo Keyd.
"É um universo gigantesco, que movimenta gente de várias idades e tem uma aderência de aprendizado de inglês muito forte", afirma Samia Marçon.
CULTURA INGLESA
22% das menções
Fundação
1934
Unidades
64 próprias e 36 franquias
Alunos
Não divulga
Funcionários
1.300
Faturamento
Não divulga
Crescimento
Não divulga
Atualmente existem muitas opções de ensino de idiomas no Brasil e no mundo. Eu acho que o que vem garantindo a existência de escolas como a Cultura é a qualidade do ensino
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