Foi em 1969, em pleno regime militar, que o governo jogou a toalha e admitiu, diante do aumento de assaltos a bancos, que não daria conta da segurança pública sozinho —uma lei permitiu que o trabalho de vigilância fosse realizado por empresas privadas.
De lá para cá, o brasileiro se habituou a conviver com vigilantes em espaços particulares, como bancos, shopping centers, edifícios comerciais e condomínios residenciais.
Há 485 mil profissionais registrados no país, segundo a Fenavist (Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores).
Apesar disso, 74% dos paulistanos não souberam responder qual a melhor empresa de segurança privada. Devido à margem de erro da pesquisa, três empataram como as mais lembradas: Verisure (4%), Haganá (3%) e Protege (3%).
A estratégia de marketing da Verisure, fundada na Suécia, que anuncia m aciçamente na grande mídia, especialmente rádio e TV, ajuda a explicar por que a marca é a mais lembrada. No Brasil desde 2011, a empresa foca alarmes monitorados e câmeras para residências.
O sistema Zero Vision, que dispara fumaça branca atóxica e bloqueia a visão de invasores, ao mesmo tempo em que aciona a polícia, é um dos produtos exclusivos trazidos recentemente da matriz europeia.
"Chegamos a 55 filiais, em 2023, e estamos cada vez mais presentes nas cidades do interior. A segurança deixou de ser uma preocupação exclusiva dos moradores das metrópoles", diz Tiago Sarni, diretor de marketing.
Fundada em 1971, quando surgiram as primeiras empresas de segurança privada, a Protege logo entendeu que investir na capacitação de seus vigilantes seria fundamental. Há 37 anos a companhia mantém seu centro de treinamento, que em 2023 capacitou mais de 10 mil profissionais, inclusive de terceiros.
"No começo, para chegar às agências bancárias mais remotas, entregávamos uniformes e armas a vigilantes em lombo de burro. Era preciso oferecer treinamento, estabelecer protocolos. Hoje, prestamos serviço até para outras empresas", diz Marcelo Baptista de Oliveira, presidente da empresa, a maior vencedora da categoria, com dez conquistas em dez edições.
Aos 27 anos, a Haganá já nem se apresenta mais como uma empresa de segurança privada. "Nascemos em uma época sem celulares, quando a comunicação era feita por rádios, mas nos tornamos uma empresa de tecnologia com foco em segurança", afirma o presidente, Chen Gilad.
Fundada por dois ex-oficiais do exército israelense, a Haganá trouxe de lá inovações como o sistema de reconhecimento facial biométrico. "Trouxemos de Israel um conceito diferente de segurança", explica Gilad. "Ela deve ser rígida na aplicação das regras, mas sempre cordial, com respeito e sorriso no rosto", afirma.
VERISURE
4% das menções
Fundação
1989
Unidades
55 filiais em 10 estados brasileiros e no DF
Funcionários
3.000 (Brasil)
Faturamento
Não divulga
Crescimento
10% ao ano no Brasil
O prêmio não foi surpresa. É fruto do trabalho árduo dos 3.000 colaboradores. Não somos uma empresa de produtos, mas de serviço humano
HAGANÁ
3% das menções
Fundação
1997
Unidades
4 (SP, RJ, PR e MG)
Funcionários
14.380
Faturamento
R$ 900 milhões (2023)
Crescimento
18% (2023)
Temos recebido o prêmio há alguns anos e usamos esse reconhecimento do público em nossas apresentações. Somos uma das maiores e queremos ser a melhor
PROTEGE
3% das menções
Fundação
1971
Unidades
46 bases em 18 estados e no DF
Funcionários
12 mil
Faturamento
R$ 1,7 bilhão (2023)
Crescimento
Sem variação em 2023
Esse prêmio é muito especial, ainda mais vindo da Folha de S.Paulo. A gente não faz publicidade e vocês foram nos buscar. Não há orgulho maior
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