Mudar-se de casa é um processo trabalhoso, que demanda planejamento, organização e tempo. Na rotina, porém, nem sempre cabem os três aspectos —às vezes nenhum deles— e como consequência o processo de transpor tudo de um imóvel para outro acaba sendo dominado pelo improviso.
O primeiro erro comumente cometido por quem vai se mudar e organizar o processo por conta própria, segundo a personal organizer Ingrid Lisboa, é pegar caixas em supermercados de forma aleatória, sem pensar no tipo de objeto que cada uma vai comportar.
"Não adianta querer colocar um travesseiro em uma caixa pequena ou encher de livros uma caixa grande que não se vai conseguir carregar depois", diz ela.
Outro engano usual, afirma, é o subdimensionamento sobre a quantidade de itens que se tem. "Eu brinco que só quando a gente tira dos armários é que vemos o volume real."
A principal dica para uma mudança bem planejada é desapegar do que não fará mais sentido no novo imóvel. Depois, é importante enumerar as caixas e categorizá-las não só de acordo com o cômodo ao qual pertencem, mas ao tipo de objeto que contêm.
Uma lista descritiva separada, com os números e conteúdo de cada embalagem, pode ajudar ainda a não perdê-las entre os ambientes do imóvel.
"Se a pessoa vai desembalar tudo sozinha, às vezes, ela vai ficar dois, três ou quatro finais de semana fazendo", afirma Lisboa. Por isso, quanto mais detalhes escritos na parte de fora, mais fácil será conviver com as caixas restantes até que tudo esteja arrumado na casa nova.
Em relação à ordem de organização, ela sugere que o desencaixotamento comece sempre pela cozinha, exceto nos casos em que a família precise preparar antes um quarto de bebê ou uma estrutura para uma pessoa idosa ou acamada.
"Brinquedos e livros, o escritório e o depósito, tudo isso pode ficar para o final."
Além do deslocamento de eletrodomésticos e outros grandes objetos, as etapas de embalar as caixas e desmontar e montar os móveis podem ser facilitadas com o serviço de uma transportadora.
Há empresas que oferecem vistorias gratuitas para estimar a quantidade de itens, avaliar cuidados com o transporte e montar, a partir disso, um orçamento de todo o processo.
É o caso da Granero, que foi apontada pela quarta vez como melhor serviço de mudança em pesquisa Datafolha, ao ser mencionada por 13% dos entrevistados.
Em 2023, a marca realizou cerca de 4.000 mudanças na capital, onde conta com uma frota de cem caminhões e tem mais de 200 clientes com mudanças armazenadas em seu depósito.
De acordo com o gerente de marketing da Granero, José Guilherme Trivellato, a principal estratégia para os próximos meses é otimizar os processos a partir do uso da inteligência artificial no aplicativo de vistoria utilizado pela equipe interna.
Lançada em março, a ferramenta ajuda o responsável pela visita a catalogar todos os itens e suas particularidades de transporte e, já na hora, calcula o volume a ser utilizado no caminhão, bem como a quantidade de embalagem necessária.
Na visão de Ingrid Lisboa, a vistoria é a parte mais importante para decidir por contratar ou não um serviço de mudança.
É preciso fazer perguntas sobre como será feito o transporte e entender como será composta a equipe; se haverá, por exemplo, um coordenador capaz de centralizar e transmitir as principais informações para os colegas.
"Ao menor sinal de que as respostas são inconsistentes, não contrate. A empresa tem que transmitir segurança, porque elas vão transportar nossa vida", acrescenta.
GRANERO
13% das menções
Fundação
1967
Unidades
60 franquias
Funcionários
Não divulga
Faturamento
R$ 250 milhões (2023)
Crescimento
8%
A diferença do nosso serviço, além da qualidade do treinamento, é que temos uma equipe administrativa focada só na experiência do usuário de nossos clientes
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