Quando os primeiros tijolos da Refinaria Nacional de Sal foram assentados, em 1949, a salina da laguna de Araruama, no Rio de Janeiro, já estava em produção fazia tempo —havia sido instalada em 1828. Sal, por ali, havia de sobra, já que sua água tem o dobro de salinidade da do mar.
O que faltava eram dias suficientes de sol intenso e ventos, combinação essencial para a evaporação.
Equipada com evaporadores a vácuo, a refinaria resolveu o problema e, em 1951, os primeiros pacotes de Cisne chegaram às mercearias brasileiras. Tanto tempo depois, a pesquisa Datafolha comprova o forte vínculo que os consumidores têm com a marca: 54% dos paulistanos a elegeram como preferida, sendo que o índice sobe para 73% entre o público com 41 anos ou mais.
Esse é o time que guarda na memória os saleiros em formato de ovo, com rostos pintados e chapéus de menino e de menina, lançados nos anos 1960 e até hoje à venda. "Meu pai criou esses saleiros e se inspirou no meu xampu de bebê para tampá-los com chapeuzinhos", conta Guilherme Barretto Giorgi, diretor-presidente.
Mas a Cisne acompanhou a evolução do mercado. Lançou a versão light assim que o teor de sódio dos alimentos entrou na pauta e desenvolveu o sal líquido em spray, diluído em água. Mais recentemente, incluiu a flor de sal, o sal light enriquecido com minerais e a linha temperada para churrasco.
"O sal líquido foi lançado em 2004 e, só agora, está sendo redescoberto graças às redes sociais. Alguém percebeu que ele é ótimo para salgar pipoca feita em pipoqueira elétrica, e os posts viralizaram."
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