O crescimento das plataformas de streaming e hábitos criados durante a pandemia esvaziaram as salas de cinema de todo o mundo, incluindo as de São Paulo. Agora, grandes empresas do setor buscam convencer o público de que assistir a um filme num telão e com pessoas ao lado é melhor do que pela televisão e sozinho.
"Sigo acreditando que a sala de cinema ainda é um espaço para encontros de ideias e de pessoas", diz Viviane Ferreira, diretora-presidente da Spcine, iniciativa da Prefeitura de São Paulo.
"Faz muita diferença você acessar um conteúdo audiovisual em sua casa sozinho, sentado no sofá e comendo sua pipoca, e você conseguir se preparar, comprar seu ingresso, escolher a poltrona e compartilhar a experiência com outras pessoas."
De acordo com ela, o Circuito Spcine, rede de cinema da prefeitura, pretende abrir dez novas salas nos próximos meses. Com isso, as sessões gratuitas ou a preço social passarão a ser realizadas em 30 bairros da cidade.
"Isso é fundamental, porque, quanto mais próximas das pessoas as salas estão, mais rápido esse público volta para o cinema. Quanto mais democráticas e acessíveis são essas salas, maior é a diversidade que a gente consegue levar para o cinema, garantindo uma boa formação de audiência para o mercado nacional", explica.
Dados sobre o desempenho do mercado cinematográfico no Brasil divulgados pela Ancine (Agência Nacional do Cinema) mostram que o setor arrecadou R$ 1,8 bilhão no ano passado. O número representa um aumento de 98,8% em relação a 2021, mas ainda está longe do patamar de 2019, antes da pandemia. Na época, o faturamento com bilheteria foi de R$ 2,7 bilhões.
Já o número de salas chegou, em 2022, a 3.400, contra 3.507 em 2019. Além disso, no ano passado, foram vendidos 95 milhões de ingressos, versus 170 milhões antes da emergência sanitária.
Daniel Campos, diretor de marketing do Cinemark, segue na mesma linha de Viviane, da Spcine. Ele acredita que o cinema tem o papel de unir pessoas em torno de um gosto ou um interesse em comum.
Neste ano, a rede foi escolhida pela oitava vez consecutiva como o melhor cinema de São Paulo, segundo os entrevistados pelo Datafolha, com 50% das menções.
O instituto realizou 1.081 entrevistas com pessoas com 16 anos ou mais pertencentes às classes A e B da cidade de São Paulo, de 19 a 27 de janeiro deste ano. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
A marca se destaca principalmente entre jovens de 16 a 25 anos e moradores da zona leste da cidade.
"A liderança do Cinemark é resultado da nossa busca incansável por entender cada vez mais as necessidades dos nossos clientes, visando sempre oferecer a melhor experiência dentro das nossas operações, não só em conteúdo, mas também em conforto e tecnologia", afirma Campos.
CINEMARK
50% das menções
Fundação 1997
Unidades 623 salas no país
Funcionários não divulga
Lucro líquido não divulga
Crescimento (2022) não divulga
Receber este prêmio, mais uma vez, significa que o trabalho do nosso time está indo pelo caminho certo e nos motiva a irmos além.
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