Chega a 21 número de mortos em tempestades nos Estados Unidos

Tornados e chuvas que atingem Arkansas, Texas, Kentucky e Oklahoma devem persistir, dizem meteorologistas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Reuters

Tempestades e tornados que passam pela região central dos Estados Unidos mataram pelo menos 21 pessoas entre o último sábado (25) e esta segunda-feira (27), e as chuvas devem continuar pelos próximos dias, de acordo com a previsão do tempo.

As autoridades e serviços de emergência disseram que as mortes aconteceram em quatros estados —oito no Arkansas, sete no Texas, quatro no Kentucky e duas em Oklahoma.

Casa destruída no Texas é fotografada no último dia 26, depois que tornados e tempestades passaram pelos EUA e deixaram mortos e feridos - Jacob Chambers - 26.mai.24/AFP

Um aviso de tempestades fortes também foi emitido para os estados de Nova Jersey, Nova York e Pensilvânia, no norte do país, com possibilidade que as chuvas cheguem até à fronteira com o Canadá. Partes da Carolina do Sul e da Geórgia também estão em alerta —incluindo a região de Atlanta, que tem mais de 6 milhões de habitantes.

O governador do Kentucky, o democrata Andy Beshear, declarou estado de emergência nesta segunda. "Foi uma noite difícil para nossa gente", disse Beshear, que afirmou que as tempestadas atingiram praticamente todo o estado, danificando mais de 100 estradas e rodovias.

No Texas, as mortes incluem duas crianças de dois e cinco anos de idade que foram vítimas de um tornado no norte do estado, de acordo com o governador, Greg Abbott. Já no Arkansas, um homem que precisava de aparelhos para respirar morreu depois que o mau tempo deixou sua casa sem luz.

Mais de 160 mil pessoas no Kentucky também estavam sem energia na tarde de segunda, e Beshear disse que pode demorar dias até que o acesso seja reestabelecido.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse ter conversado com os governadores dos estados atingidos e que ofereceu seus sentimentos pelas mortes, de acordo com a Casa Branca. A agência federal de gerenciamento de desastres, equivalente da Defesa Civil no país, já está atuando nos locais atingidos.

As mortes acontecem em um momento em que meteorologistas preveem uma temporada especialmente severa de tempestades e tornados nos EUA, que vai de junho a novembro. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa, na sigla em inglês) estima de 17 a 25 tempestades graves, das quais de 8 a 13 devem se tornar furacões.

Uma temporada média produz 14 tempestades, com ventos de pelo menos 63 km/h, das quais 7 se tornam furacões, com ventos de pelo menos 119 km/h, e 3 são de grande intensidade, com ventos acima dos 178 km/h.

A previsão para 2024 indica que esta será uma temporada mais ativa do que aquela de 2005, que registrou recordes de furacões, incluindo o Katrina e o Rita.

"Esta previsão é superior à de 2005", afirmou o meteorologista Matthew Rosencrans, da Noaa. "Esses são os maiores números que previmos até agora."

A OMM (Organização Meteorológica Mundial), órgão da ONU, também fez uma previsão semelhantes, e destacou a necessidade de alertas antecipados para salvar vidas.

"O alto conteúdo de calor nos oceanos e o desenvolvimento antecipado do evento La Niña devem alimentar uma temporada de furacões muito, muito, muito ativa este ano", disse Clare Nullis, porta-voz da OMM, em uma reunião em Genebra. "Basta um furacão que atinja a costa para atrasar anos e anos de desenvolvimento socioeconômico."

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.