A Ucrânia disse nesta sexta-feira (19) que abateu um bombardeiro estratégico russo pela primeira vez, destruindo um avião de guerra capaz de transportar mísseis de longo alcance usados para atacar cidades ucranianas.
O Ministério da Defesa russo informou que o bombardeiro estratégico caiu na região de Stavropol, no sul da Rússia, a centenas de quilômetros do território controlado pela Ucrânia, quando retornava à base após realizar uma missão de combate.
Segundo o órgão, o acidente parece ter sido causado por um defeito técnico. Após a declaração russa, o comandante da Força Aérea Ucraniana, Mikola Oleschuk, disse que Kiev havia "destruído" o avião de guerra.
"Pela primeira vez, unidades de mísseis antiaéreos da Força Aérea, em cooperação com a Inteligência de Defesa da Ucrânia, destruíram um bombardeiro estratégico de longo alcance Tu-22M3, um porta-mísseis de cruzeiro Kh-22 usado por terroristas russos para atacar cidades ucranianas pacíficas", disse Oleschuk.
A agência de inteligência militar ucraniana disse que o avião de guerra participava de um ataque de longo alcance à Ucrânia. O governador regional russo afirmou que os pilotos foram ejetados, mas um deles morreu. Uma operação de resgate estava em andamento para localizar o quarto.
Pelo menos oito pessoas morreram em ataques russos durante a noite na Ucrânia. A ofensiva atingiu edifícios residenciais na cidade de Dnipro e na vizinha Sinelnikove, segundo o ministro do Interior ucraniano, Igor Klimenko.
O porta-voz da Força Aérea ucraniana, Ilia Yevlach, afirmou à AFP que esse avião russo bombardeou duas cidades ucranianas, Dnipro e Krivi Rig. "Vingamos nossas cidades e nossos civis", disse.
Pelo menos 25 pessoas ficaram feridas, segundo o governador da região de Dnipropetrovsk, no centro-leste do país. Entre eles, dois menores estavam entre os mortos e que um terceiro ficou ferido.
No total, a Rússia disparou 22 mísseis e 14 drones explosivos na manhã desta sexta-feira contra alvos na Ucrânia. A Força Aérea Ucraniana afirmou ter repelido 29 desses projéteis.
O presidente Volodimir Zelenski voltou a pedir para aliados auxílio com sistemas de defesa aérea, para que as cidades do país. Os ministros das Relações Exteriores do G7 prometeram nesta sexta-feira "reforçar os meios de defesa aérea da Ucrânia" contra os ataques russos.
Já a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos vai finalmente votar neste sábado (20) um pacote de ajuda de US$ 61 bilhões (cerca de R$ 305 bilhões), bloqueado há meses por divergências entre democratas e republicanos.
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