No dia de abertura de mais uma Assembleia-Geral da ONU, um bombardeio e um ataque noturno com drones deixaram pelo menos nove mortos na Ucrânia, segundo comunicados desta terça-feira (19).
Seis das vítimas foram mortas por uma bomba que atingiu a cidade nordeste de Kupiansk, disse o governador regional Oleh Sinehubov, que descreveu o ataque como um "crime militar contra a população civil da região de Kharkiv". Autoridades locais disseram que houve outros dois óbitos, incluindo um policial, após um bombardeio em Kherson, no sul do país, e mais um homem foi morto durante um ataque de drone em Lviv.
A ofensiva na última cidade, que está longe das linhas de frente, gerou um incêndio depois que três depósitos industriais foram atingidos durante a madrugada, disseram os serviços de emergência. Fotos divulgadas pela Ucrânia mostraram chamas iluminando o céu acima do prédio.
O prefeito de Lviv, Andri Sadovi, disse que o corpo de um homem que trabalhava em um dos armazéns foi encontrado sob os escombros e que os depósitos guardavam janelas, produtos químicos domésticos e suprimentos para ajuda humanitária. O incêndio foi apagado no final da tarde.
Um dos depósitos, que era usado pela ONG Caritas-Spes, foi destruído, disse Denise Brown, coordenadora humanitária das Nações Unidas para a Ucrânia. "A vital instalação, que continha aproximadamente 300 toneladas de suprimentos para ajuda, foi reduzida a cinzas", disse ela em um comunicado.
O governador regional de Lviv, Maxim Kozitski, disse que as forças russas lançaram 18 drones no ataque à sua região e que 15 foram derrubados. Já a Força Aérea da Ucrânia disse que a Rússia lançou um total de 30 drones e um míssil balístico Iskander durante a noite e que 27 dos drones foram derrubados.
A Rússia realizou vários ataques aéreos em instalações energéticas ucranianas nos últimos meses e intensificou os ataques à infraestrutura portuária do país desde que abandonou um acordo de exportação de grãos no mar Negro.
Apesar disso, Moscou, que não fez comentários imediatos, nega atingir deliberadamente civis. A agência de notícias Reuters não pôde verificar independentemente os relatos.
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