As reações à renúncia de Liz Truss ao cargo de primeira-ministra do Reino Unido nesta quinta-feira (20) foram quase imediatas. Algumas delas penderam para a acidez, sucedendo semanas de fritura humilhante da britânica no Parlamento e na imprensa.
Foi o caso da fala da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, que disse que "o Reino Unido nunca conheceu desgraça maior como primeira-ministra".
Nas redes sociais, uma espécie de competição entre a sobrevivência política de Truss e a vida útil de uma alface, transmitida ao vivo por um tabloide, mostrava o vegetal exultante com a "vitória", comemorada ao lado de uma garrafa de prosecco.
Outros nomes foram mais parcimoniosos, como o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, que expressaram tristeza pela saída da política. Jair Bolsonaro (PL), presidente do Brasil e candidato à reeleição, não se manifestou publicamente até a publicação desta reportagem. Veja abaixo a repercussão do anúncio:
Agradeço à primeira-ministra Liz Truss por sua parceria em diversos assuntos, inclusive na responsabilização da Rússia por sua guerra contra a Ucrânia. Manteremos nossa estreita cooperação com o governo britânico, enquanto trabalhamos juntos para completar os desafios globais que nossas nações enfrentam
Queremos, acima de tudo, estabilidade. No âmbito pessoal, fico sempre triste de ver um colega partir
Você veja que a primeira-ministra da Inglaterra renunciou. E renunciou porque ela não tem tamanho para enfrentar o problema econômico que a Inglaterra tem
Se eu soubesse que organizar a cúpula poderia levar à demissão da primeira-ministra, eu teria organizado ela mais cedo
Acho que estabilidade é muito importante. Gostaríamos de ver a capacidade do sistema britânico para escolher um sucessor o mais rápido possível, durante esses tempos em que uma grande guerra está a caminho da Europa
Tive um bom contato com ela [...], por isso estou aborrecido pessoalmente. Concordávamos em diversos de pontos de vista e estou ansioso para trabalhar com meu próximo colega
Nosso país sempre teve uma relação especial com o Reino Unido, sem levar em conta a filiação partidária do nosso presidente ou a do primeiro-ministro deles. Isso vai continuar, independentemente de quem o Reino Unido escolher
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