O atual secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, 72, foi eleito para mais um mandato de cinco anos no cargo durante cerimônia realizada nesta sexta-feira (18).
A reeleição já era certa. Além de o ex-premiê português ter sido o único postulante —outras dez pessoas buscaram se candidatar, mas não receberam suporte de nenhum dos 193 países-membros—, ele também recebeu o apoio dos 15 membros do Conselho de Segurança, que recomendaram sua permanência.
O novo mandato de Guterres, no cargo desde 2017, tem início em 1º de janeiro de 2022.
“Nosso maior desafio, e também nossa maior oportunidade, é usar esta crise para mudar o rumo em direção a um mundo que aprenda lições, promova uma recuperação justa, verde e sustentável e mostre o caminho para uma cooperação internacional eficaz”, disse o secretário-geral durante a cerimônia.
Em comunicado, o embaixador turco Volkan Bozkir, presidente da 75ª sessão da Assembleia Geral da ONU, parabenizou Guterres e destacou três pontos das missões a serem enfrentadas nos próximos anos: a recuperação dos países no pós-pandemia, a busca pela paridade de gênero e a emergência climática.
“Entre muitos outros desafios globais, um dos principais desafios da nossa geração é certamente o clima. Se não agirmos agora, o mundo que conhecemos deixará de existir”, diz em um trecho.
Parte do primeiro mandato de Guterres, que assumiu poucas semanas após Donald Trump chegar à Presidência dos EUA, foi marcada por tentativas de apaziguar as bandeiras da política externa do republicano. Avesso ao multilateralismo —principal marca da ONU—, Trump atacou por diversas vezes órgãos internacionais.
A embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, declarou que as Nações Unidas enfrentam desafios históricos, mas que a reeleição do secretário-geral aponta a possibilidade de que "os próximos cinco anos tragam mais paz, segurança e prosperidade que o último período".
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