O presidente Donald Trump ordenou nesta quarta (4), a retirada das tropas americanas da Somália. A medida, já esperada, vem na esteira de tentativas do republicano de diminuir o contingente militar dos EUA ao redor do mundo. No mês passado, ele retirou parte da força americana no Afeganistão e no Iraque.
Em nota, o Pentágono diz que o militares devem deixar a Somália em 15 de janeiro, cinco dias antes da posse do presidente eleito Joe Biden. Cerca de 700 soldados das forças especiais dos EUA treinam e aconselham o Exército local em operação contra jihadistas ligados ao grupo terrorista Al Qaeda.
Muitas das tropas serão reposicionadas no Quênia, segundo um funcionário do Departamento de Defesa.
Não está claro ainda se o restante da presença americana no país africano —como agentes da CIA (serviço secreto americano), o embaixador e outros diplomatas que estão baseados em um bunker no aeroporto da capital, Mogadício— também deixará o local.
Mesmo com a saída dos militares, os Estados Unidos vão manter a capacidade de conduzir operações de contraterrorismo na Somália, especialmente ataques de drones, e de coletar alertas e indicadores antecipados sobre ameaças aos americanos e aliados das forças militares no país.
“Os EUA não estão se retirando ou se desligando da África”, disse o comunicado do Pentágono. “Continuamos comprometidos com nossos parceiros africanos e com apoio duradouro por meio de uma abordagem de todo o governo.”
Durante a campanha à Presidência em 2016, o republicano prometeu acabar com o que classificou como "guerras sem fim" dos EUA e disse que retiraria as tropas em Iraque e Afeganistão durante seu mandato.
Ao longo dos últimos quatro anos, ele de fato diminuiu o contingente nos dois países, ainda que não tenha retirado todos os soldados. Em outubro, Trump chegou a dizer que gostaria que todos os militares americanos no Afeganistão voltassem para casa antes do Natal, mas foi convencido por assessores e pelo secretário de Estado, Mike Pompeo, de que o plano não era possível.
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