Numa praça de Maio já meio vazia por conta da saída dos portenhos da cidade para as festas de fim de ano, uma imagem surpreendente agitou o centro de Buenos Aires na manhã desta quinta-feira (26).
O astro do futebol local —e esquerdista convicto— Diego Armando Maradona, 59, saiu no balcão da Casa Rosada como se tivesse marcado o gol do título de uma Copa ou se tivesse sido eleito. Agitou os braços, fez sinal de positivo com os dedos e surpreendeu turistas e pedestres que passavam por ali.
Depois, emendou, aos gritos: "eles não voltam mais!", referindo-se aos macristas, e "que Macri se mude para a Tailândia!". O ex-presidente não é apenas um adversário político para o ex-craque, também foi o responsável por sua saída do Boca Juniors.
Além disso, foram inúmeras as ocasiões em que ambos bateram boca em festas da alta sociedade argentina, e a disputa entre eles foi capa de várias revistas, alimentando uma longa novela.
"A coisa que mais me deu trabalho em todo o meu tempo como diretor do Boca foi lidar com Maradona", disse Macri em 2017, em entrevista a esta repórter.
Atualmente técnico no clube Gimnasia y Esgrima La Plata (chegou a pedir demissão, mas voltou atrás em menos de 48h), Maradona visitou o presidente recém-empossado, o kirchnerista Alberto Fernández, e levou a ele camisetas autografadas. Uma delas era do time em que ele jogou e do qual Fernández é torcedor, o Argentinos Juniors, e outra, uma número 10 da seleção argentina, com o seguinte autógrafo: "Para Alberto, com meu coração de povo".
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