O presidente Jair Bolsonaro endossou no sábado (24), em uma rede social, comentário ofensivo a primeira-dama da França, Brigitte Macron.
Ao comentar uma publicação do mandatário brasileiro em sua página no Facebook, o seguidor Rodrigo Andreaça escreveu: "É inveja presidente do macron pode crê (sic)".
A mensagem foi publicada junto a uma imagem, na qual se vê uma foto de Bolsonaro e de sua esposa, Michelle Bolsonaro, abaixo de um retrato de Macron e de sua mulher, Brigitte Macron.
Ao lado das fotos dos casais, há os dizeres: "Entende agora por que Macron persegue Bolsonaro?".
O perfil de Bolsonaro respondeu a Andreaça: "Não humilha, cara. Kkkkkkk", dando a entender que as recentes críticas de Macron ao presidente brasileiro seriam motivadas por inveja da esposa do brasileiro.
Bolsonaro está em meio a uma guerra diplomática com o presidente francês devido aos recentes incêndios na Amazônia.
O governo da França disse na sexta-feira (23) que o brasileiro mentiu ao assumir compromissos em defesa do ambiente durante a cúpula do G20, em junho, e que isso inviabiliza a ratificação do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, concluído no mesmo mês.
Bolsonaro rebateu Macron, acusando-o de tentar potencializar o ódio contra o Brasil.
O brasileiro lembrou que Macron divulgou em uma rede social uma imagem de um incêndio na floresta amazônica que, na verdade, foi feita por um fotógrafo morto em 2003.
"Lamento a posição de um chefe de Estado, como o da França, de se dirigir ao presidente brasileiro como mentiroso. Não somos nós que divulgamos fotos do século passado para potencializar o ódio contra o Brasil por mera vaidade. Nosso país, verde e amarelo, mora no coração de todo o mundo", disse Bolsonaro.
Além disso, seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, replicou um vídeo no qual um youtuber chama o presidente Macron de “idiota”.
O tuíte de Eduardo, cotado para assumir a embaixada do Brasil em Washington, foi considerado uma grosseria sem precedentes.
Este é o segundo episódio de desavença com o governo francês em menos de dois meses. Em julho, Bolsonaro cancelou em cima da hora uma reunião com o chanceler da França, Jean-Yves Le Drian, e fez uma live cortando o cabelo no horário em que estaria reunido com o diplomata.
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