A autoridade de aviação dos EUA (FAA) decidiu nesta terça-feira (12) não impor restrições a voos que utilizem o modelo Boeing 737 MAX, como o que caiu no domingo na Etiópia, matando 157 pessoas.
Em nota, a FAA informou que uma “revisão urgente" dos 737 MAX não evidenciou “questões de performance sistêmicas” e não sustenta a necessidade de deixar as aeronaves no solo.
A nota da FAA disse ainda que nenhuma autoridade de aviação de outros países “nos forneceu informações que garantiriam a tomada de ação”.
Com isso, empresas como American Airlines, Southwest e United Airlines mantêm as unidades operacionais.
Mais cedo, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou em redes sociais que os aviões se tornaram “complexos demais para voar”.
“Os pilotos não são mais necessários, e sim cientistas da computação do MIT”, acrescentou, referindo-se ao prestigiado Instituto de Tecnologia de Massachusetts, mas sem se referir à Boeing ou aos 737 MAX.
Nesta terça, a Agência de Segurança de Aviação da União Europeia (Easa) proibiu todas as operações com aviões Boeing 737 MAX 8 e 9.
A EASA reúne 32 países do continente, incluindo Alemanha, Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido,
Noruega, Suécia e Suíça.
Vários outros países decidiram proibir o modelo em seu espaço aéreo, como Malásia, Austrália, Cingapura e Omã. Na segunda (11), China e Indonésia determinaram às empresas que operam em seus países que
deixem de utilizá-lo.
No Brasil, pousos, decolagens e sobrevoos do 737 MAX continuam liberados. A Gol, única empresa nacional que possui unidades do modelo, anunciou na noite de segunda que deixará de utilizá-lo temporariamente.
O modelo esteve envolvido em dois acidentes nos últimos cinco meses. O último deles, no domingo (10), matou 157 pessoas na Etiópia. Outro, em outubro, deixou 189 mortos na Indonésia.
Ao menos 25 companhias aéreas decidiram suspender os voos com o 737 MAX, segundo o jornal The New York Times. Após o acidente de domingo, passageiros publicaram questionamentos em redes sociais sobre a segurança da aeronave.
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