N�mero de mortos de atentado duplo na Som�lia chega a 300
N�mero de mortos do atentado duplo de s�bado (14) a Mogad�cio, capital da Som�lia, subiu para 300, afirmou o diretor de um servi�o de ambul�ncias nesta segunda-feira (16).
Segundo o Dr. Abdulkadir Adam, mais v�timas morreram nas �ltimas horas devido aos ferimentos sofridos. O governo espera que o n�mero de mortos continue a subir.
Os ataques, separados por um intervalo de algumas horas, deixaram tamb�m ao menos 300 feridos e destru�ram dezenas de pr�dios e de ve�culos.
O primeiro, mais mort�fero, aconteceu nos arredores de um conhecido hotel da cidade, em um per�metro com v�rios minist�rios e embaixadas. O pr�dio da representa��o diplom�tica do Qatar foi severamente atingido.
Nenhum grupo reivindicou o ataque, mas o governo somali apontou como culpados os rebeldes do Al-Shabaab, ligado � Al-Qaeda.
Em sua luta contra a administra��o central, a fac��o executa com frequ�ncia ataques suicidas contra militares e alvos civis. Seu raio de a��o se estende at� o Qu�nia.
No in�cio do ano, o Al-Shabaab afirmou que iria intensificar os ataques depois que os governos americanos e somali anunciaram o lan�amento de novas ofensivas militares contra os rebeldes.
Os hospitais de Mogad�cio, que continuam sobrecarregados de pacientes, come�aram a receber ajuda internacional nesta segunda. Mais de 70 pessoas com ferimentos graves foram transportadas de avi�o para a Turquia para serem tratadas.
O ministro da informa��o, Abdirahman Osman, afirmou que o Qu�nia e a Eti�pia tamb�m ofereceram enviar assist�ncia m�dica para auxiliar no epis�dio que o governo chamou de "desastre nacional".
Trata-se de um dos piores ataques da �frica subsaariana, maior que aquele ocorrido na Universidade Garissa, no Qu�nia, em que 148 pessoas morreram em 2015.
O atentado tamb�m superou em n�mero de mortes os bombardeios de 1998 na Tanz�nia e no Qu�nia, que deixaram cerca de 219 mortos.
Os Estados Unidos condenaram o ataque, dizendo em um comunicado que "esses atos covardes revigoram o compromisso dos EUA em assistir nossos parceiros da Som�lia e da Uni�o Africana no combate ao flagelo do terrorismo".
O enviado especial das Na��es Unidas � Som�lia, Michael Keating, afirmou que a ONU e a Uni�o Africana estavam apoiando o governo somali com "apoio log�stico, suprimentos m�dicos e expertise" e chamou o atentado de "revoltante".
As explos�es ocorreram dois dias depois de o chefe do comando norte-americano para a �frica se reunir com o presidente do pa�s, Mohamed Abdullahi Farmaajo, e ap�s os pedidos de demiss�o nebulosos do ministro da Defesa e do comandante do Ex�rcito somalis.
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