Trump suspende acesso a refugiados e veta cidad�os de sete pa�ses isl�micos
O presidente dos EUA, Donald Trump, decretou nesta sexta-feira (27) a suspens�o o programa de admiss�o de refugiados e o veto � entrada de cidad�os de sete pa�ses de maioria mu�ulmana, alegando que a medida � necess�ria para proteger o pa�s de "terroristas isl�micos radicais".
Em visita ao Pent�gono, onde assinou a ordem, disse que o decreto endurece as condi��es de entrada nos EUA e exige uma esp�cie de teste de lealdade ao pa�s.
Spencer Platt/Getty Images/AFP | ||
Imigrantes mu�ulmanos participam de protesto contra o presidente dos EUA, Donald Trump, em NY |
"S�o medidas para manter terroristas isl�micos radicais fora dos EUA. N�o os queremos aqui. Queremos garantir que n�o estamos admitindo no pa�s as mesmas amea�as que nossos soldados combatem no exterior", disse.
"S� queremos admitir em nosso pa�s aqueles que apoiam nosso pa�s e amam profundamente nosso povo".
Segundo o texto divulgado pela Casa Branca, fica suspensa por 90 dias a emiss�o de vistos para cidad�os de sete pa�ses: Ir�, Sud�o, S�ria, L�bia, Som�lia, I�men e Iraque.
Ir�, Sud�o e S�ria est�o na lista de pa�ses financiadores do terrorismo. Os demais, al�m da S�ria, passam por conflitos internos que provocaram o avan�o de grupos terroristas, como o Estado Isl�mico e a Al Qaeda.
O veto poder� se tornar permanente para alguns pa�ses, j� que o decreto exige que seus governos cumpram condi��es estabelecidas pelos EUA e forne�am informa��es. Um pa�s como o Ir�, com o qual a tens�o com os EUA s� deve aumentar sob Trump, dificilmente cooperar�.
Na campanha, Trump prometeu vetar a entrada de todos os mu�ulmanos caso fosse eleito, sendo acusado de racista e de ir contra a Constitui��o. Desde ent�o, a promessa foi sendo limitada at� chegar aos sete pa�ses.
O decreto, chamado "Protegendo a na��o de atentados terroristas por estrangeiros", justifica a suspens�o porque estes pa�ses s�o focos de terrorismo, estendendo a suspeita a todos os cidad�os daquelas nacionalidades.
"A deteriora��o das condi��es em certos pa�ses devido � guerra, desastres, conflitos e instabilidades aumenta a probabilidade de terroristas usarem todos os meios poss�veis para entrarem em nosso pa�s", diz o documento.
DEFESA
Antes da assinatura dos decretos, Trump participou da posse do secret�rio de Defesa, o general James Mattis.
A nomea��o foi recebida com al�vio tanto entre republicanos como democratas, por dar um toque de equil�brio no governo para contrabalan�ar as opini�es de Trump. Mattis foi aprovado no Senado por 98 votos a um.
De in�cio ele j� foi citado por Trump como um fator de modera��o, ao dizer que considera eficiente o uso de tortura, mas que prevalecer� a opini�o contr�ria � pr�tica j� manifestada pelo general.
"Ele � um especialista. � altamente respeitado. Eu pessoalmente acho que funciona", disse Trump, contrariando a posi��o da lideran�a de seu partido.
A tortura foi considerada ilegal pelo Congresso em 2015. "Tenho sido aberto sobre isso h� muito tempo. Mas eu vou com meus l�deres".
Embora seus �ndices de aprova��o est�o entre os piores entre presidentes em in�cio de mandato, Trump est� em sintonia com o que sente a maioria dos americanos quando foca no terrorismo.
Segundo uma pesquisa do centro Pew, a amea�a terrorista � a maior preocupa��o, na frente da economia, da educa��o e dos empregos, mostra a pesquisa.
O decreto suspende por 120 dias o programa de admiss�o de refugiados, mas Trump afirmou que ser� dada prioridade a refugiados crist�os do pa�s �rabe, afirmando que eles foram discriminados pelo governo anterior em favor dos mu�ulmanos.
Foi mais uma a��o de Trump de ruptura com o governo do antecessor, Barack Obama, entre os 14 decretos que assinou em uma semana de Presid�ncia.
Para o l�der da oposi��o democrata no Senado, Chuck Schumer, as restri��es impostas por Trump s�o "retr�gradas e s�rdidas".
"L�grimas est�o caindo na face da est�tua da liberdade, enquanto a grande tradi��o americana de dar boas-vindas a imigrantes que existe desde a funda��o � atropelada", disse o senador.
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