Acordo de paz hist�rico entre governo colombiano e as Farc � assinado
Juan Pablo Bello/Presid�ncia da Col�mbia/Xinhua | ||
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Juan Manuel Santos cumprimenta o l�der das Farc "Timochenko" ap�s assinar acordo, em Cartagena |
Logo ap�s uma tempestade que deixou algumas ruas do centro hist�rico de Cartagena semi-alagadas, teve in�cio �s 17h (19h em Bras�lia) a cerim�nia de assinatura do tratado de paz entre o governo colombiano e as Farc (For�as Armadas Revolucion�rias da Col�mbia).
O local escolhido foi o centro de conven��es da cidade, mas do lado de fora, aberto ao p�blico. A pra�a diante do local estava tomada.
No palco, alguns dos mandat�rios latino-americanos convidados, entre eles Michelle Bachelet (Chile) e Nicol�s Maduro (Venezuela) –ambos pa�ses observadores do processo–, Mauricio Macri (Argentina), Pedro Pablo Kuczynski (Peru), Rafael Correa (Equador), Enrique Pe�a Nieto (M�xico) e Horacio Cartes (Paraguai), al�m do mandat�rio colombiano, Juan Manuel Santos, o secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e o l�der das Farc, Rodrigo "Timochenko" Londo�o.
Todos, no palco e na audi�ncia, vestiam branco, como pedido pelo protocolo da cerim�nia.
Depois de um minuto de sil�ncio dedicado �s mais de 250 mil v�timas do conflito, iniciado h� 52 anos, houve apresenta��o de cantores populares e a execu��o do hino nacional colombiano.
Na sequ�ncia, "Timochenko" se aproximou da mesa onde estava o texto do acordo e o assinou primeiro. Na sequ�ncia, foi a vez do presidente Juan Manuel Santos, levando a multid�o presente aos aplausos. Na audi�ncia, algumas pessoas choravam, outras faziam acenos com len�os brancos.
Ap�s a assinatura, o l�der guerrilheiro colocou em sua camisa um broche com uma pomba da paz na camisa, e os dois se cumprimentaram.
"Timochenko" disse "que ningu�m duvide que entraremos na pol�tica sem armas, para conquistar mentes e cora��es". E encerrou sua fala pedindo uma "paz negociada para os conflitos em Israel, na S�ria e no mundo inteiro".
Ele levantou o p�blico no momento em que disse, em tom mais alto: "N�s das Farc pedimos perd�o pela dor que causamos".
Depois, Santos afirmou que o pacto era "mais do que um acordo entre um governo e uma guerrilha, e sim uma demonstra��o de que os colombianos definitivamente n�o querem mais nenhum tipo de guerra, que foi um freio ao desenvolvimento da Col�mbia", ao que foi acompanhado por um coro de "n�o mais guerra".
O acordo foi assinado com um "bal�grafo" (uma brincadeira com a palavra "caneta" em espanhol, que � "bol�grafo"), ou seja, uma caneta fabricada com balas de fuzil, que virou uma esp�cie de s�mbolo das negocia��es entre as duas partes.
A assinatura do acordo, por�m, n�o significa que ele ser� imediatamente implementado. Agora, ter� de ser aprovado em um plebiscito no pr�ximo domingo (2).
Mais cedo, o secret�rio de Estado dos EUA, John Kerry, havia dito que seu pa�s "ainda n�o estava pronto" para retirar as Farc de sua lista de organiza��es terroristas, mas que o assunto seria avaliado de acordo com a implementa��o do acordo.
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