Equipe de Macri se re�ne com embaixador brasileiro na Argentina
A possibilidade de vit�ria na elei��o do pr�ximo dia 22 fez com que a equipe de assessores de pol�tica externa do opositor Mauricio Macri come�asse a conversar com representantes de outros pa�ses em Buenos Aires.
Na quinta-feira (5), assessores do candidato da oposi��o visitaram o embaixador do Brasil, Everton Vargas.
AFP | ||
![]() |
||
O candidato opositor argentino, Mauricio Macri, faz campanha ao lado da mulher, Juliana, em Jujuy |
Segundo apurou a Folha, os representantes expressaram a vontade do pol�tico, se eleito presidente, de intensificar a rela��o com o Brasil e destravar acordos comerciais entre o Mercosul e a Uni�o Europeia e tamb�m a Alian�a do Pac�fico. Mas tamb�m foi uma bandeira branca.
Ap�s o resultado do primeiro turno, quando Macri ficou atr�s do candidato da situa��o, Daniel Scioli, por s� tr�s pontos de diferen�a, uma vit�ria da oposi��o deixou de ser tratada como improv�vel para ser poss�vel.
O governo brasileiro, por sua vez, trabalhava com a chance de que Scioli fosse eleito no primeiro turno. O cen�rio s� se desfez na v�spera da elei��o, quando come�aram a circular pesquisas das campanhas eleitorais indicando um segundo turno.
Poucos dias antes da vota��o, Scioli foi a Bras�lia, onde se encontrou com a presidente Dilma Rousseff e conversou sobre o futuro da parceria entre os dois pa�ses. O clima do "j� ganhou" havia come�ado antes, quando o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva foi a Buenos Aires para pedir votos ao candidato de Cristina Kirchner.
Sob o novo cen�rio, em que a oposi��o tem chances de vencer, adaptam-se o Brasil e tamb�m a campanha de Macri, que agora busca "vender" o candidato no exterior.
Nesta sexta (6), o "roadshow" do opositor incluiu encontros com chineses e funcion�rios da Uni�o Europeia.
A estrat�gia era at� ent�o exclusividade de Scioli, que al�m de se reunir com Dilma esteve com Tabar� V�zquez (Uruguai), Evo Morales (Bol�via) e Ra�l Castro (Cuba).
"N�o h� motivos para rancor. N�o pedimos um encontro com Dilma e n�o nos sentimos discriminados", disse � Folha Diego Guelar, assessor para assuntos internacionais da campanha de Macri.
"N�o vamos opinar sobre a decis�o de Lula [de fazer campanha por Scioli]. N�o ser� um elemento que marcar� a rela��o entre Brasil e Argentina no futuro", disse ele.
Se Lula fez campanha por Scioli, Fernando Henrique Cardoso expressou apoio ao opositor em entrevista ao jornal "La Naci�n", quando disse que o resultado da elei��o argentina —ou seja, a for�a inesperada da oposi��o —tinha o deixado animado.
"N�o porque Macri e eu tenhamos as mesmas ideias, mas porque o que fez o governo de Cristina Kirchner nos �ltimos anos na Argentina foi desastroso", disse.
Livraria da Folha
- Box de DVD re�ne dupla de cl�ssicos de Andrei Tark�vski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenci�rio
- Livro analisa comunica��es pol�ticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
![Muro na fronteira do México com os EUA – Lalo de Almeida/Folhapress Muro na fronteira do México com os EUA – Lalo de Almeida/Folhapress](http://f.i.uol.com.br/folha/homepage/images/17177107.jpeg)
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis