Confronto entre pol�cia e manifestantes eg�pcios mata 2 em Suez
A pol�cia eg�pcia matou ao menos duas pessoas ao dispersar uma multid�o que tentava invadir uma delegacia policial na cidade de Suez nesta sexta-feira.
Imagens mostram vesti�rio de time eg�pcio
Tive muito medo, diz jogador brasileiro de time eg�pcio
Veja galeria de imagens da trag�dia
T�cnico portugu�s do Al Ahly diz que levou socos e pontap�s
O confronto entre policiais e manifestantes ocorreu devido viol�ncia desatada na quarta-feira entre torcedores do time de Port Said, o Al-Masry, e do Cairo, o Al-Ahly, um dos incidentes mais sangrentos da hist�ria do futebol, que matou 74 pessoas.
"Recebemos dois cad�veres de manifestantes mortos a tiros", disse um m�dico em um necrot�rio, para onde os corpos foram levados.
Uma testemunha disse que os manifestantes tentavam invadir a delegacia quando a pol�cia disparou.
Durante o dia, milhares protestaram no Cairo acusando o conselho militar, que tomou o poder depois da queda do ex-presidente Hosni Mubarak um ano atr�s, de administrar mal o pa�s em meio a uma fr�gil transi��o.
A emissora estatal informou que 628 pessoas ficaram feridas nos confrontos que ocorreram na capital, principalmente ap�s inalar g�s lacrimog�neo.
MASSACRE
Um jogo de futebol no Egito terminou em trag�dia com pelo menos 74 mortos depois das torcidas invadirem o campo e brigarem no gramado.
"Isso � lament�vel e profundamente triste. � o maior desastre da hist�ria do futebol eg�picio", disse o vice-ministro da Sa�de, Hesham Sheiha, � TV estatal do pa�s, segundo a Reuters.
A confus�o aconteceu depois de uma partida entre os times Al Ahly, do Cairo, e Al Masry, de Port Said, local do confronto (que fica a 200 km da capital), que terminou 3 a 1 para os anfitri�es.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, classificou a trag�dia como inimagin�vel.
"Este � um dia negro para o futebol. Uma situa��o t�o catastr�fica � inimagin�vel e n�o deveria acontecer. ", disse o dirigente.
"Isto n�o � futebol, � guerra", relatou o jogador Mohamed Abo Treika, do Al Ahly.
RIVALIDADE
Os clubes, e principalmente suas torcidas, t�m uma longa rivalidade e hist�rico de confus�o. De acordo com a Reuters, foram mais de mil feridos no confronto.
Segundo a Associated Press, os torcedores da casa come�aram a jogar pedras e garrafas sobre os rivais e feriram tamb�m os jogadores do Al Ahly.
Testemunhas contaram para a ag�ncia Efe que a torcida local passou a provocar os rivais a cada gol. No final, irritados, os seguidores dos dois times invadiram o campo.
Os torcedores mais fan�ticos do Al Ahly s�o conhecidos como "diabos vermelhos" e tiveram confrontos com a pol�cia do pa�s durante a Primavera �rabe na Pra�a Tahrir, no Cairo.
J� na capital eg�pcia, torcedores botaram fogo dentro do est�dio do Cairo ap�s o �rbitro terminar o confronto entre Zamalek e Ismaili.
REA��ES
Pa�ses do Ocidente enviaram suas condol�ncias e pediram investiga��es para esclarecer a briga. A chefe da diplomacia da Uni�o Europeia, Catherine Ashton, requisitou uma investiga��o "imediata e independente" sobre o ocorrido.
J� os Estados Unidos expressaram o pesar em torno do confronto, em comunicado da porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.
"Nossos pensamentos e ora��es est�o com aqueles que foram afetados pela viol�ncia e suas fam�lias".
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, pediu um relat�rio detalhado sobre as causas dos incidentes � federa��o de futebol eg�pcia e disse que "o futebol n�o pode ser manchado por aqueles que pretendem o mau".
Blatter exige que o Egito desenvolva um plano de a��o para que os eventos n�o se repitam. Ele n�o se pronunciou sobre a destitui��o do presidente e dos membros do conselho da Federa��o Eg�pcia de Futebol, anunciada mais cedo pelo primeiro-ministro eg�pcio Kamal al-Ganzuri.
A destitui��o dos dirigentes da federa��o de futebol eg�picia pelo primeiro-ministro pode ser vista pela Fifa como um descumprimento do estatuto da entidade que controla o futebol mundial, j� que pro�be interfer�ncia de governos nos assuntos do esporte.
Reprodu��o/CNN | ||
Confus�o no gramado de est�dio eg�pcio acaba em trag�dia em imagem de reprodu��o da CNN; Veja imagens |
RESPONSABILIDADE
O primeiro-ministro do Egito, Kamal Ganzuri, reconheceu nesta quinta-feira ser o respons�vel pol�tico pela briga de torcidas que aconteceu em um est�dio na cidade de Port Said, em que pelo menos 74 pessoas morreram.
O premi� informou � C�mara Baixa do Parlamento e ao presidente da Federa��o de Futebol do Egito que destituiu os chefes dos servi�os de Seguran�a e Intelig�ncia de Port Said ap�s a trag�dia. A junta militar decretou luto de tr�s dias em mem�ria �s v�timas do confronto.
Mais cedo, o presidente do Parlamento, Saad Katatni, do Partido Liberdade e Justi�a (PLJ), afirmou que a trag�dia foi devido a "defici�ncia e neglig�ncia" das for�as de seguran�a. "Eles n�o cumpriram nem com sua miss�o nem com sua profiss�o pela falta de organiza��o em rela��o a estes acontecimentos".
Em uma sess�o de emerg�ncia da C�mara Baixa, Katatni afirmou que "houve advert�ncias do que poderia acontecer que foram enviadas com tempo suficiente, mas esses avisos n�o alertaram as for�as de seguran�a para fazer seu trabalho".
Ele considerou que o confronto entre torcidas de ontem n�o � um incidente casual, mas faz parte de uma s�rie de acontecimentos por que passa o pa�s nos �ltimos meses.
Na quarta (1�), o Partido Liberdade e Justi�a, que lidera o Parlamento do Egito, afirmou em comunicado que o confronto entre torcidas em um est�dio de futebol em Port Said foi provocado por partid�rios do ex-ditador Hosni Mubarak.
Reuters | ||
Torcedores protestam na esta��o de trem Ramses, no Cairo, ap�s voltar de jogo em que pelo menos 74 morreram |
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