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Wells Fargo demite funcionários por fingirem que estão trabalhando

Trabalhadores teriam simulado atividade no teclado do computador para criar impressão de trabalho ativo

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Stephen Gandel
Financial Times

O banco americano Wells Fargo demitiu vários funcionários por supostamente fingirem estar trabalhando.

A instituição financeira disse que os trabalhadores foram demitidos no mês passado depois de determinar que eles haviam tentado "criar a impressão de trabalho ativo" por meio da "simulação de atividade do teclado do computador", de acordo com arquivos regulatórios da Finra, um dos principais reguladores do setor de valores mobiliários dos EUA.

A indicação é de que esses funcionários trabalhavam nas divisões de investimento e gestão de patrimônio do banco. Muitos eram contratações relativamente recentes, dos últimos dois anos, mas pelo menos um estava no emprego havia mais de sete anos.

Em comunicado, o Wells Fargo disse que "mantém os funcionários nos mais altos padrões e não tolera comportamentos antiéticos".

Logo do banco Wells Fargo - Stephanie Keith/Reuters

Os arquivos regulatórios não diziam quais técnicas os funcionários haviam usado, ou se usavam computadores do escritório ou de casa. As demissões foram noticiadas primeiro pela Bloomberg.

As demissões do Wells Fargo ocorrem apenas algumas semanas depois que a Finra restabeleceu regras que havia suspendido durante a pandemia, voltando a exigir uma supervisão mais próxima das configurações de trabalho dos gerentes.

Muitos grupos alertaram que isso exigiria inspeções nas casas dos funcionários e tornaria mais difícil para eles continuarem no regime de trabalho híbrido.

O Wells Fargo é um dos bancos que adotaram o trabalho híbrido para a maioria dos funcionários, exigindo que eles estejam no escritório três dias por semana.

Os bancos foram alguns dos primeiros a chamar os trabalhadores de volta ao escritório depois que a Covid-19 criou a necessidade de trabalho remoto. Ainda assim, uma pesquisa realizada no início deste ano pela consultoria Scoop concluiu que 82% das grandes empresas financeiras mantiveram arranjos de trabalho híbridos.

No entanto, nos últimos seis meses, vários grandes bancos pressionaram os trabalhadores a retornar ao escritório com mais frequência, ou intensificaram seus esforços para garantir que os trabalhadores estejam cumprindo as regras do trabalho.

No início deste ano, o Bank of America enviou "cartas de educação" aos funcionários, alertando-os sobre ações disciplinares por não se apresentarem para trabalhar no escritório um número mínimo de dias por semana.

O Goldman Sachs disse aos funcionários juniores no início deste ano que eles não poderiam mais solicitar refeições quando estivessem trabalhando em casa, mesmo que estivessem trabalhando até tarde.

No final de maio, Barclays e Citigroup informaram a centenas de funcionários que eles seriam obrigados a estar no escritório cinco dias por semana a partir deste mês.

Ambos os bancos disseram que estavam reagindo às recentes mudanças nas regulamentações da Finra que tornariam mais difícil para eles manterem funcionários remotos.

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