Descrição de chapéu China

China oferece casal de pandas nos 50 anos das relações com Brasil

Ainda sem avanço maior nas negociações comerciais e de investimento, países discutem ato simbólico

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Pequim

Negociadores brasileiros e chineses estão em conversas há meses, para novos passos na relação econômica e estratégica bilateral, ainda sem avanço maior para apresentar. As negociações envolvem agora um ato simbólico: o envio de um casal de pandas para um zoológico brasileiro, eventualmente o de São Paulo.

A possibilidade foi levantada pelo lado chinês nas últimas semanas, questionando se o lado brasileiro confirmava o interesse expresso informalmente durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, há pouco mais de um ano.

Até onde foi possível checar, também nesse ponto ainda não há definição por parte do governo brasileiro.

A fêmea panda Zhu Yu em Madri, em 30 de maio de 2024, dia em que um casal foi introduzido para visitação no zoológico de Madri, na Espanha - Gustavo Valiente/Xinhua

Em agosto, os dois países completam 50 anos de relações diplomáticas, daí a atenção às conversas. Na semana que vem, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, e outros ministros, além de cem empresários, participam em Pequim da reunião da Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação).

E em novembro o líder Xi Jinping deve fazer uma visita de Estado a Brasília, antes ou depois da cúpula do G20 --grupo que reúne as maiores economias do mundo, entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. O encontro do G20, presidido neste ano pelo Brasil, será no Rio de Janeiro, no Museu de Arte Moderna.

A chamada diplomacia do panda é tradicional na China, antecedendo a própria República Popular. Em 1972, após a mulher do presidente Richard Nixon falar do animal durante jantar em Pequim, um casal foi presenteado para marcar a aproximação dos dois países. Ling-Ling and Hsing-Hsing ficaram duas décadas no Zoológico Nacional, do Smithsonian, em Washington.

O panda-gigante é classificado como onívoro, mas se alimenta quase unicamente de bambu.

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