Carro elétrico mais barato à venda no Brasil, o Renault Kwid E-Tech se destaca pela lista de itens de série. É o único modelo da família equipado com seis airbags e câmbio automático.
A bateria tem baixa capacidade —26,8 kWh (quilowatt-hora)—, e a potência máxima de 65 cv é menor que a das versões 1.0 flex (78 cv com etanol no tanque). Para compensar, o peso baixo garante a eficiência energética.
De acordo com os resultados do teste Folha-Mauá, o Kwid elétrico é capaz de rodar 241 quilômetros no trânsito urbano com uma carga completa de suas baterias. Na estrada, o alcance cai para 211 quilômetros.
Seu principal problema é o espaço interno. O banco traseiro é apertado para as pernas, o que o coloca em desvantagem diante dos concorrentes diretos.
O hatch está no segmento mais disputado entre os carros elétricos, e os automóveis campeões de venda têm algo em comum: todos são feitos na China, incluindo esse modelo da Renault.
O Kwid E-Tech teve 119 unidades emplacadas em março, resultado distante dos líderes BYD Dolphin Mini (2.469 licenciamentos), Dolphin (1.707) e GWM Ora 03 (608). A disputa tende a ficar mais acirrada com a chegada de novos compactos chineses que não queimam combustível, como o JAC Yiwei 3.
Renault Kwid E-Tech
Preço: R$ 99.990 (fevereiro/2024)
Motor: elétrico, dianteiro
Potência: 65 cv
Torque: 11,5 kgfm
Transmissão: câmbio de marcha única
Bateria: íon-lítio, 26,8 kWh
Pneus: 175/70 R14
Peso: 977 kg
Porta-malas: 290 litros
Comprimento: 3,73 m
Largura: 1,58 m
Altura: 1,50 m
Entre-eixos: 2,42 m
Aceleração (0 a 100 km/h, em segundos): 14,6
Retomada (80 km/h a 120 km/h, em segundos): 15,9
Consumo urbano (kW/100 km): 11,1
Consumo rodoviário (kW/100 km): 12,7
COMO SÃO FEITOS OS TESTES
Para aferir o desempenho dos carros, o Instituto Mauá de Tecnologia utiliza o V-Box, equipamento que usa sinal de GPS. Os testes de aceleração e retomada são feitos na pista da empresa ZF, em Limeira (interior de São Paulo).
A etapa que verifica o consumo na cidade tem 27 km. Para simular um percurso rodoviário a 90 km/h, os pilotos de teste dirigem por 31 km.
Ambos os trajetos ficam em São Caetano do Sul (ABC), onde está a sede do instituto. O consumo de modelos elétricos é medido por meio do carregador instalado no IMT. O teste calcula o gasto para rodar 100 km nos modos urbano e rodoviário.
A Folha testou 30 carros elétricos em parceria com o Instituto Mauá; confira.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.