A operadora Oi pediu proteção contra credores também na Justiça de Nova York, seguindo novamente os passos da Americanas. A empresa já havia obtido proteção na Justiça do Rio de Janeiro na semana passada.
Com uma dívida de R$ 29,75 bilhões, a Oi estuda pedir recuperação judicial pela segunda vez —a recuperação anterior foi concluída em meados de dezembro, mas a companhia alega ainda enfrentar dificuldades financeiras.
A Folha apurou que o pedido é semelhante ao feito no Rio de Janeiro, que teve como objetivo suspender "certas obrigações assumidas pela companhia, visando a proteção do seu caixa, e, consequentemente, a continuidade das negociações com os seus credores de forma equilibrada e transparente".
A empresa ainda não se manifestou sobre o assunto.
A Oi é defendida por dois escritórios de advocacia que trabalham para a Americanas em seu processo de recuperação judicial —Basílio Advogados e Salomão Advogados— e vem adotando estratégia semelhante à da varejista.
A dívida da empresa se divide entre 14 credores. A maior parcela, equivalente a R$ 9 bilhões, é com o Bank of New York Mellon. A instituição consta no documento como trustee (administradora de títulos da dívida).
Em seguida, aparece o agente fiduciário GDC Partners. O crédito é de quase R$ 8,3 bilhões. Depois vêm Wilmington Trust, de Londres, cujos créditos somam quase R$ 5,4 bilhões, China Development Bank (R$ 3,8 bilhões) e Itaú BBA (R$ 2 bilhões).
Fundação Atlântico de Seguridade Social (R$ 948,1 milhões), entidade fechada de previdência complementar patrocinada pela Oi, Banco do Nordeste (R$ 156,4 milhões), Banco da Amazônia (R$ 100 milhões), Bradesco (R$ 34,4 milhões) e Banco ABC Brasil (R$ 2,5 milhões) também estão na lista de credores da companhia.
Santander (R$ 2,3 milhões), BNP Paribas Brasil (R$ 675,5 mil), Banco Fibra (R$ 29 mil) e Banco Modal (R$ 24,8 mil) completam a relação com valores a receber.
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