A Microsoft vai começar a limitar as conversas com o novo "chatbot", de seu serviço de busca Bing, a cinco perguntas por sessão e 50 perguntas por dia, anunciou a empresa na última sexta-feira (17).
A Microsoft lançou com alarde uma nova versão do Bing, que combina o serviço de busca a tecnologia de inteligência artificial desenvolvida pela OpenAI, uma empresa de São Francisco, em um grande evento realizado em sua sede, em Redmond, estado de Washington, nos Estados Unidos, menos de duas semanas atrás.
Diversas outras entre as maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos, entre as quais o Google, estão trabalhando em serviços semelhantes. Mas a Microsoft agiu rápido para ganhar uma vantagem tecnológica sobre os seus concorrentes, e a empresa prometeu que no futuro, a inteligência artificial será integrada a uma vasta gama de seus produtos.
A expectativa da Microsoft era a de que o "chatbot" às vezes respondesse de forma inexata, e incorporou ao sistema medidas de proteção contra pessoas que tentam fazer com que o "chatbot" se comporte de forma estranha ou diga coisas prejudiciais.
Ainda assim, os primeiros utilizadores que tiveram conversas abertas e pessoais com o "chatbot" consideraram que as respostas do sistema eram incomuns – e em alguns casos perturbadoras.
Agora, os usuários terão de iniciar uma nova sessão depois de fazerem cinco perguntas e de o "chatbot" responder cinco vezes.
"Sessões muito longas podem confundir o modelo de chat subjacente", afirmou a Microsoft na sexta-feira.
Na quarta-feira, uma mensagem em um blog da companhia afirmava que ela "não tinha vislumbrado" que as pessoas utilizariam o "chatbot" para "uma descoberta mais geral do mundo, e para entretenimento social". O "chatbot" se torna repetitivo e às vezes, irritadiço, em conversas longas, segundo a Microsoft.
A empresa disse que seus dados demonstravam que cerca de 1% das conversas com o "chatbot" envolviam mais de 50 mensagens. Anunciou também que consideraria elevar o limite para o número de perguntas, no futuro.
A Microsoft também vai tentar desenvolver novos recursos que deem aos utilizadores mais controle sobre o tom do "chatbot".
Tradução de Paulo Migliacci
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