Elon Musk afirmou na noite desta terça-feira (20) que vai deixar a presidência do Twitter assim que achar "alguém tolo o suficiente" para aceitar o cargo. "Depois, comandarei apenas as equipes de software e servidores", afirmou o bilionário em sua conta na rede social.
Na noite de domingo (18), Musk perguntou aos usuários, por meio de uma enquete, se deveria deixar o comando da rede social. "Vou respeitar os resultados", afirmou.
Cerca de 57,5% dos votos foram a favor de o bilionário deixar o comando da companhia, enquanto 42,5% foram contra a ideia. Participaram 17,5 milhões de pessoas.
"Como diz o ditado, cuidado com o que você deseja, pois você pode conseguir", tuitou o dono da rede social minutos depois do fim da votação.
Em resposta a um tuíte, Musk disse no domingo que "não há um sucessor" e que "ninguém quer o trabalho que pode realmente manter o Twitter vivo".
Nos últimos dias, a rede social suspendeu contas que rastreavam aviões de bilionários —inclusive o de Musk— e tirou do ar perfis de diversos jornalistas dos Estados Unidos, incluindo profissionais do New York Times e do Washington Post.
No domingo, o Twitter ainda informou que vai remover contas criadas exclusivamente com o propósito de promover outras plataformas e conteúdo que contenha links ou nomes de usuário. As plataformas são Facebook, Instagram, Mastodon, Truth Social, Tribel, Nostr e Post.
As ações da Tesla caem desde quando o bilionário fez a oferta para comprar o Twitter no início deste ano.
Ele costuma se envolver pessoalmente em decisões de rotina, como o estilo dos carros e problemas na cadeia de logística. No mês passado, disse que iria reduzir seu tempo no Twitter, e possivelmente buscar um novo líder para comandá-lo.
A mudança das diretrizes dá sequência a uma série de ações desde que Musk comprou a empresa. Depois de assumir o controle da rede social por US$ 44 bilhões (R$ 232,3 bilhões) no fim de outubro, o bilionário demitiu parte da alta administração e milhares de funcionários da empresa.
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