A OMC (Organização Mundial do Comércio) autorizou formalmente os Estados Unidos nesta segunda-feira (14) a impor tarifas sobre até US$ 7,5 bilhões (R$ 30,7 bilhões) em importações de bens da União Europeia, após a decisão de arbitragem sobre um caso envolvendo subsídios à fabricante de aviões Airbus.
O órgão de solução de controvérsias da OMC, composto por representantes de seus 164 membros, autorizou os EUA a tomar medidas contra a União Europeia e os países produtores da Airbus, Reino Unido, França, Alemanha e Espanha.
A autorização foi uma formalidade depois que um árbitro da OMC concedeu aos EUA um direito recorde de retaliação por subsídios ilegais neste mês. O pedido só seria negado se todos os membros da OMC presentes votassem contra. A reunião durou menos de 20 minutos.
O embaixador do comércio norte-americano, Dennis Shea, disse na reunião que os Estados Unidos ainda preferiam uma solução negociada.
"Mas isso só pode acontecer se a UE abolir genuinamente os benefícios para a Airbus vindos dos atuais subsídios e garantir que os subsídios à Airbus não possam ser retomados sob outro nome ou outro mecanismo", disse ele na reunião.
A delegação da UE disse na reunião que tem "sérias preocupações" e que as medidas tarifárias dos EUA são imprudentes.
A OMC constatou que tanto a Airbus quanto sua rival norte-americana Boeing receberam bilhões de dólares em subsídios ilegais em dois casos que já duram 15 anos. É esperado um julgamento sobre caso da Boeing no início de 2020.
Os Estados Unidos disseram que vão impor tarifas de 10% sobre aviões da Airbus e 25% de impostos sobre uma variedade de produtos europeus, incluindo vinho francês, uísques escoceses e queijo de todo o continente.
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