A gigante chinesa das telecomunicações Huawei é "muito próxima" do governo chinês e por isto não é possível confiar na empresa, afirmou neste sábado (1º) o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Patrick Shanahan.
"Quando vejo esta situação, ela é muito arriscada. Não posso acreditar que estas redes (de troca de dados) estejam protegidas", declarou Shanahan durante uma conferência de segurança regional em Cingapura.
Em meados de maio, Washington incluiu a Huawei em uma lista de empresas com as quais as instituições americanas não podem fazer negócios.
De acordo com o governo de Donald Trump, o serviço de inteligência chinês poderia utilizar os equipamentos de telecomunicações da Huawei para espionar as comunicações de outros países.
O fundador da Huawei, Ren Zhengfei, foi militar do exército chinês.
Em resposta às sanções americanas, o governo chinês afirmou que vai criar sua própria lista suja de empresas estrangeiras não confiáveis. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (31) pelo ministério do Comércio, em plena rivalidade comercial e tecnológica com os Estados Unidos.
As ofensivas da administração Trump contra a Huawei fazem parte da guerra comercial entre os dois países, que se intensificou no último mês. Trump, inclusive, admitiu que a companhia pode ser uma moeda de troca em um possível acordo.
Após anunciar a proibição de importações da companhia chinesa, o governo americano adiou a medida em três meses.
A Huawei é a número dois no mundo em smartphones e líder da tecnologia 5G (a quinta geração de tecnologia móvel). Segundo a companhia, eles teriam uma vantagem de dois anos frente à concorrência na tecnologia 5G.
A empresa depende dos chips eletrônicos de fabricação americana para equipar seus smartphones e pode ser gravemente afetada com o corte de suprimentos.
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