Além de renovar as concessões de rodovias paulistas geridas pelo setor privado, que estão para vencer, o governador de São Paulo João Doria (PSDB) pretende também avançar com contratos que tiveram aditivos já assinados.
"A lei permite, e nós vamos fazer. Estabelece que é uma opção do Estado ampliar as concessões dentro dos critérios que a lei prevê mediante contrapartidas", disse o governador à Folha, entre compromissos no Fórum Econômico Mundial.
Entre as condições exigidas do parceiro privado, o governador lista: ampliar várias dessas rodovias, fazer estradas vicinais e fazer aperfeiçoamentos.
"Ao longo dos últimos 15 anos, municípios que eram pequenos se tornaram médios, e médios viraram grandes. Então, precisa fazer alças de acesso e vias auxiliares. Além disso, todas as rodovias concessionadas serão nas saídas e entradas, iluminadas e monitoradas eletronicamente. Isso será obrigatório, em todas."
Até o final do seu mandato, contratos de quatro estradas vão se expirar.
Em 2019, serão duas: a Autovias, que liga Ribeirão Preto a 18 cidades, e a Centrovias, uma malha viária de 218,2 quilômetros de extensão, que engloba as rodovias Washington Luís (de São Carlos a Cordeirópolis), Engenheiro Paulo Nilo Romano (de Itirapina a Jaú) e Comandante João Ribeiro de Barros (de Jaú a Bauru).
A desestatização em São Paulo começou pelas rodovias, lembra Doria, para justificar a demora em deslanchar de privatizações propostas por ele quando estava na prefeitura paulistana. Diferentemente da cidade, o Estado já tem um histórico de concessões bem-sucedidas, afirma.
"Das vinte melhores rodovias no Estado, 18 são estaduais. São as melhores porque são privadas."
Durante o Fórum, o governador esteve com investidores estrangeiros que afirmaram pretender aumentar aportes e a sua presença no estado.
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