O feriado do Dia Mundial do Trabalho é uma homenagem ao movimento grevista de trabalhadores norte-americanos iniciado em 1º de maio de 1886. Organizada por sindicatos dos Estados Unidos, a paralisação tinha o objetivo de estabelecer 8 horas de jornada de trabalho.
A convocação para a greve mobilizou trabalhadores de diversas cidades, como Chicago, Nova York, Cincinnati e Milwaukee, e seguiu por vários dias. Em Chicago, centro do movimento, confrontos entre policiais e manifestantes culminaram na Revolta de Haymarket, no dia 4.
O acirramento entre sindicalistas e autoridades começou no dia 3, quando uma pessoa foi morta e diversas acabaram feridas após a intervenção da polícia. Em protesto contra a repressão, líderes anarquistas convocaram uma manifestação para o dia 4, na Haymarket Square.
Durante o ato, uma bomba foi lançada em um grupo de policiais, que abriu fogo contra os manifestantes. Sete policiais foram mortos. Entre os civis, a estimativa é que de quatro a oito pessoas foram mortas e de até 40 feridos.
Embora o autor do atentado à bomba nunca tenha sido identificado, oito anarquistas foram condenados à morte sob a acusação de conspiração ou de prestar auxílio ao responsável pelo ataque. Dos "Oito de Chicago," quatro foram enforcados, um cometeu suicídio (em 1887) e três receberam o perdão do governador (em 1893).
HOMENAGEM
Em homenagem ao movimento de 1886, o 1º de maio foi declarado Dia Internacional do Trabalhador pela Segunda Internacional em 1889, no Congresso de Paris. A associação reunia partidos socialistas e sindicatos. Desde então a data passou a ser celebrada em diversas partes do mundo.
No Brasil, há manifestações pelo 1º de Maio desde a década de 1890. A data virou feriado nacional em 1924, no governo de Arthur Bernardes (1922-1926). Até a Era Vargas, o dia era marcado por greves e protestos. O governo getulista, entretanto, passou a utilizar a data para anunciar benefícios aos trabalhadores, fazendo com que o feriado tivesse um caráter mais festivo.
Nos Estados Unidos, o Dia do Trabalho é comemorado na primeira segunda-feira de setembro. Criada pelo movimento sindical, a data virou feriado em 1894 após a greve dos trabalhadores da fábrica de vagões Pullman.
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