Festivais independentes de m�sica completam 20 anos de hist�ria
Criados fora do eixo Rio-S�o Paulo com o objetivo inicial de servir de vitrine para bandas locais, festivais que sustentam a bandeira da independ�ncia chegam a duas d�cadas de hist�ria ainda relevantes, com bom p�blico e grandes nomes no palco.
Abril Pro Rock (25 edi��es), do Recife, Goi�nia Noise Festival (23) e Bananada (19), da capital de Goi�s, fazem parte dessa "frente da longevidade". Em compara��o, eventos com estrutura maior n�o duraram metade disso.
Dedicados � m�sica, esses festivais tamb�m t�m em comum o fato de pertencer � economia criativa, guarda-chuva que abriga setores movidos pela inventividade.
Para os organizadores, o fator independ�ncia ajuda a explicar esses n�meros.
"Ser independente � saber que h� altos e baixos, mas que � preciso continuar fazendo, independentemente das condi��es e da situa��o", diz Fabr�cio Nobre, um dos respons�veis pelo Bananada.
Para Paulo Andr� Pires, fundador do Abril Pro Rock, independ�ncia significa ter autonomia na escolha de quem vai tocar.
"A ess�ncia desses festivais � que ningu�m interfere na programa��o. Eu j� sofri press�o de governo, de patrocinador e de pol�tico. A gente jamais escalou uma banda por causa disso", diz.
"Prefiro acabar com o festival do que ceder a um patrocinador privado que pede ax� ou sertanejo com cara de rock, aqueles cantores com o bra�o tatuado", acrescenta.
Os tr�s festivais contaram com patroc�nio p�blico e privado nas edi��es deste ano. Em m�dia, esses aportes bancaram dois ter�os dos eventos, dizem os organizadores.
A CONTA DO INGRESSO
No entanto, n�o h� como contar com essas fontes para todas as edi��es.
"No 20� Goi�nia Noise n�o tivemos esses apoios e conseguimos trazer os americanos do Biohazard [veteranos da cena que mescla metal e hardcore] e Mundo Livre S/A", diz Leo Razuk, um dos respons�veis pelo evento.
O p�blico � um importante patrocinador. "A gente precisa vender ingresso."
"Todos os festivais s�o assim, todos dependem da bilheteria. O Abril Pro Rock jamais conseguiu abrir os port�es com tudo pago", afirma Paulo Andr�, que tamb�m � presidente da FBA (Festivais Brasileiros Associados).
Assim, ao longo da trajet�ria dos eventos, a matem�tica financeira passou a ser um desafio na hora de montar a escala��o, j� que � preciso garantir "headliners" (atra��es principais) que consigam atrair p�blico.
Segundo Razuk, do Goi�nia Noise, at� poucos anos atr�s a plateia aguardava o "novo" -especialidade desses festivais. "Hoje n�o � mais assim, o pessoal quer ver atra��es j� conhecidas."
S� que, dentro da proposta do Noise, "de surpreender o p�blico", "h� uma grande dificuldade para encontrar headliners de rock". "As bandas novas n�o conseguem segurar esse papel. A gente pena �s vezes", diz Razuk.
Em 2009, o Abri Pro Rock teve que aumentar o pre�o do ingresso -R$ 100 naquele ano, sendo que foi vendido a R$ 70 em 2017- para pagar a vinda dos ingleses do Mot�rhead. A banda tinha como l�der o lend�rio Lemmy Kilmister (1945-2015). O cach� foi o mais alto da hist�ria do evento: R$ 240 mil.
Para Nobre, do Bananada, "as coisas avan�aram". Hoje, o festival tem um palco s� de m�sica eletr�nica. "Queremos mostrar uma contemporaneidade."
Entre as principais atra��es do festival goiano neste ano estavam Karol Conka, Liniker e os Caramelows e Mano Brown em show solo.
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