Universidades estimulam a inova��o com curr�culo flex�vel
Universidades no Brasil come�am agora a incorporar a��es voltadas para a realidade da ind�stria 4.0 na forma��o de engenheiros, como mudan�as no curr�culo que colocam o aluno em contato com as inova��es por mais tempo e flexibilizam o card�pio de mat�rias que o estudante pode cursar.
Os cursos de engenharia da Poli-USP (Escola Polit�cnica da Universidade de S�o Paulo) passaram, h� quatro anos, por uma reforma curricular que abriu espa�o para mais disciplinas optativas.
"A ideia � que o aluno possa construir um curr�culo de acordo com o seu interesse", diz Eduardo de Senzi Zancul, professor do curso de engenharia de produ��o e vice-coordenador do InovaLab@POLI, um laborat�rio de inova��o e empreendedorismo que no �ltimo dia 20 ingressou na rede global Design Factory de laborat�rios de inova��o.
Eduardo Anizelli/Folhapress | ||
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Pr�dio da Poli-USP, na cidade Universit�ria, em S�o Paulo |
O InovaLab � onde a disciplina de inova��o � ministrada para grupos de alunos de v�rios cursos.
"Se formarmos o aluno para trabalhar com uma tecnologia espec�fica, em poucos anos esse conhecimento estar� obsoleto. Temos que formar um profissional que encontra novas solu��es, que sabe tomar decis�o com base nos dados e que consegue se comunicar com diferentes �reas", afirma Zancul.
Al�m do InovaLab, a USP abriga o Ocean, laborat�rio constru�do em parceria com a Samsung que oferece para os alunos da institui��o cursos de conhecimento t�cnico de curta dura��o sobre temas como programa��o de aplicativos e realidade virtual.
Em, 2018 a USP deve inaugurar a F�brica do Futuro, um ambiente que simula uma f�brica de skate dentro da universidade, com bancadas flex�veis para reconfigura��o r�pida do local de acordo com a demanda da produ��o e monitoramento de consumo de energia por equipamento, entre outros itens com cara de ind�stria 4.0.
"Ela ser� um ambiente de teste de novas tecnologias", diz Zancul.
Outras universidades, como a Faap (Funda��o Armando Alvares Penteado), de S�o Paulo, e a UVA (Universidade Veiga de Almeida), do Rio, tamb�m investem em laborat�rios multidisciplinares e em curr�culos menos r�gidos.
Na Faap, cursos de engenharia mec�nica e el�trica passaram por mudan�as curriculares no segundo semestre do ano passado. Uma delas foi a inclus�o da disciplina de design thinking, que utiliza m�todos de profissionais de cria��o para alavancar a inova��o na engenharia e outras �reas.
"Queremos que o aluno pense fora da caixa", diz Regis Pasini, coordenador do curso de engenharia mec�nica da Faap. "O engenheiro ter� que ser um profissional transformador e, muitas vezes, deixar para tr�s as antigas metodologias lineares."
J� na UVA, os laborat�rios com tecnologias como impress�o 3D e realidade virtual foram projetados para servir a todos os cursos.
"Os alunos come�am a percorrer caminhos pr�prios na forma��o e a universidade deve fornecer a base para isso", afirma Carlos Eduardo Nunes-Ferreira, pr�-reitor da gradua��o da UVA.
TRANSI��O
Para Johannes Klingberg, diretor executivo da Associa��o de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI, na sigla em alem�o), as universidades est�o ainda na fase de reestruturar os curr�culos, mas essa transi��o � complexa.
"As tecnologias mudam muito rapidamente e as universidades est�o carentes de saber o que a ind�stria deseja", afirma ele. "Se antigamente os curr�culos mudavam a cada 20 anos, hoje essas transforma��es precisam ser cont�nuas".
Visando a aproxima��o entre ind�stria e institui��es de ensino, a VDI iniciou, neste m�s, uma s�rie de encontros bimestrais entre universidades e empresas para a discuss�o das necessidades da forma��o de engenheiros nesse novo contexto.
Do primeiro encontro, que aconteceu na Poli-USP no �ltimo dia 13, participaram sete universidades e diversas empresas como Mercedes, Bosch e Volkswagen.
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Atualizado em 06/08/2024 | Fonte: CMA | ||
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