Ind�stria investe em pesquisa para reduzir s�dio nos alimentos
Argemiro Filho/Divulga��o | ||
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Salina da Salinor, em Macau, no Rio Grande do Norte |
Sal tecnol�gico e presunto com 30% a menos de s�dio s�o novidades da ind�stria para atender a demanda por comida saud�vel.
A procura por alimentos menos nocivos � sa�de foi uma das tend�ncias apontadas no estudo "Brasil Food Trends - 2020", realizado pelo Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos) e pela Fiesp (Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo).
Uma pesquisa do instituto Nielsen mostrou que pelo menos 1 entre 3 principais lan�amentos de 2016 de categorias "n�o saud�veis" trazia propostas de saudabilidade, como a redu��o de s�dio.
O problema, detectado tanto na pesquisa da Nielsen quanto na do Ital, � que o consumidor dificilmente abre m�o do sabor, e a ind�stria procura op��es para chegar a uma boa equa��o entre sa�de e prazer sensorial.
As empresas inovam para, al�m de resolver o problema, atingir as metas acordadas entre a Abia (Associa��o Brasileira das Ind�strias de Alimenta��o) e o Minist�rio da Sa�de, como a de reduzir aproximadamente 28,5 toneladas de s�dio nos alimentos processados at� 2020.
"Al�m de dar gosto, o sal � um conservante do alimento. O desafio � substituir por algo que garanta a palatabilidade e a preserva��o do produto", diz Edmundo Klotz, presidente da Abia.
Esse desafio foi uma oportunidade de neg�cio para a Salinor, maior produtora de sal do pa�s, que fez uma parceria com a Nutrionix, empresa francesa que desenvolve tecnologias para substituir o sal tradicional por um produto com teor de s�dio at� 80% menor, sem perda do sabor.
O sal tecnol�gico � obtido por uma mistura de cloreto de s�dio e um composto de outros sais minerais, como pot�ssio, c�lcio e magn�sio, em uma salina no Rio Grande do Norte. As f�rmulas s�o desenvolvidas no centro t�cnico da Nutrionix, em Ribeir�o Preto (SP).
"A f�rmula permite manter o mesmo sabor, ao contr�rio do chamado sal light, que usa apenas cloreto de pot�ssio, um ingrediente que deixa um sabor residual amargo", afirma Antonio Os�rio, gerente comercial da Salinor.
O produto come�ou a ser vendido para a ind�stria no fim do ano passado, ap�s 18 meses de pesquisas e investimento de R$ 2 milh�es, segundo Jean Marc Secondi, presidente para a Am�rica Latina da Nutrionix.
"Neste primeiro momento, as vendas correspondem a 800 toneladas ao ano, mas a perspectiva � chegar a 3.000 toneladas vendidas", diz Secondi. A empresa tamb�m planeja lan�ar o produto no varejo, para uso dom�stico, at� o final do ano.
CARNE
Algumas empresas est�o investindo em tecnologia e pesquisas pr�prias para oferecer produtos mais saud�veis (e menos salgados).
� o caso da BRF, detentora das marcas Sadia e Perdig�o, que, no ano passado, lan�ou 51 itens com redu��o de 30% no teor de s�dio.
A empresa desenvolveu uma tecnologia, atualmente em fase de obten��o da patente, em que parte do sal � substitu�da por uma esp�cie de caldo de carne em p�.
"Al�m de dar sabor, os amino�cidos da carne atuam na preserva��o do alimento", diz F�bio Bagnara, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da BRF.
Para chegar � inova��o, a empresa teve de mudar alguns processos de produ��o nas f�bricas e investiu por cerca de nove anos em pesquisas. A BRF n�o divulga o valor gasto no projeto.
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