'Lavoura digital' tem trator aut�nomo e reconhecimento de erva daninha
Os agricultores Jo�o e Jos� de Oliveira, da pequena cidade de Rancho Alegre, no interior do Paran�, preparam-se para um dos momentos mais importantes da cultura da soja: o plantio.
Se ele for bem-feito e realizado em condi��es apropriadas, boa parte do resultado da produtividade estar� garantida. Os produtores checaram no celular as esta��es meteorol�gicas da propriedade; verificaram os sensores de umidade do solo e, tudo acertado, decidiram enviar o trator, sozinho, para a ro�a.
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A m�quina come�a o plantio pela parte da fazenda que tem as melhores condi��es no momento, seguindo as recomenda��es das fontes de informa��es que eles t�m.
Os personagens dessa hist�ria s�o fict�cios, mas as novas tecnologias e o trator aut�nomo, que dispensa o operador, j� s�o realidade.
Ap�s a agricultura de precis�o e a consequente coleta de dados sobre clima, solo e pragas nos �ltimos anos, avan�a a agricultura digital. Esta permite ao agricultor usar novos atributos agron�micos para tomar decis�es.
Esse processo de refinamento das decis�es vai continuar durante o desenvolvimento das lavouras. Novas tecnologias j� indicam como definir as a��es nas �reas mais afetadas por doen�as ou por defici�ncia do solo.
Passada essa fase, as tecnologias apontam para o momento mais adequado de o produtor iniciar a colheita.
Com informa��es clim�ticas mais confi�veis, ele antecipa ou retarda a colheita, adequando-a ao melhor momento de umidade ou de maior rendimento dos gr�os.
"As fazendas entram no processo de digitaliza��o, o que permite mitigar riscos e antecipar problemas futuros", diz Leonardo Sologuren, da Agrinet, fornecedora de intelig�ncia na �rea de clima.
Mas o setor est� em um momento de quebrar paradigmas. O produtor, em geral desconfiado, tem de ver o que a tecnologia traz ao campo.
Para Sologuren, o pa�s precisa construir um sistema eficiente de informa��es, o que vai permitir criar um banco de dados sobre clima e solo.
Uma das atua��es de sua empresa tem sido a coloca��o de esta��es meteorol�gicas nas propriedades para a forma��o do banco de dados.
As esta��es meteorol�gicas atuais ignoram o microclima em cada parte das fazendas. � preciso um banco de dados para os programas de agricultura digital funcionarem com mais precis�o.
DORES DO PRODUTOR
A Bayer tamb�m investe na agricultura digital. A empresa foi a campo para verificar as "principais dores" do produtor. Entre elas, est�o informa��es sobre o clima, ervas daninhas, m�o de obra no campo e custos de opera��o.
Para melhorar uma das "dores" do produtor, a empresa criou um modelo clim�tico que d� as informa��es a a ele com base nos dados de latitude e longitude da fazenda. O produtor tem a informa��o estendida aos talh�es.
Com dados clim�ticos mais precisos, o combate �s pragas ganha em efici�ncia. Com um aplicativo de reconhecimento de plantas daninhas, a empresa p�e � disposi��o do produtor 17 mil imagens.
Almir Ara�jo, da Basf, afirma que hoje o setor re�ne um manancial de dados que, analisados corretamente, podem trazer grandes benef�cios para o agroneg�cio.
Ao receber esses dados, o produtor tem de ter meios adequados para tomar decis�es. Para ajudar nisso, a Basf se uniu � ACE e criou o AgroStart, programa para acelerar start-ups que desenvolvem solu��es para elevar a efici�ncia e a produtividade do agroneg�cio.
Esses programas s�o voltados para a busca de efici�ncia no combate a pragas, bem como para pesquisas que v�o de solo a falhas no plantio.
A Monsanto, l�der em biotecnologia, tamb�m aposta no setor. Sua empresa Climate Corp, dedicada � gest�o de dados, tem um dispositivo que se conecta �s m�quinas no campo, recolhe informa��es de plantio e de colheita e os repassa para o produtor.
As m�quinas agr�colas s�o �teis no manejo das novas informa��es. "Elas executam o processo", diz Maur�cio de Menezes, da John Deere.
MENOS FERRO
As m�quinas incorporam cada vez mais recursos tecnol�gicos para armazenar e enviar dados. Esse envio pode ser via wi-fi, sat�lites ou at� de uma m�quina para outra. "Elas s�o cada vez menos ferro e mais tecnologia", diz.
Christian Gonzalez, da Case IH, diz que as m�quinas agr�colas atualmente "cont�m tecnologias altamente avan�adas". O trator aut�nomo, que a empresa traz ao Brasil para demonstra��es no pr�ximo ano, � um desses casos.
As inova��es chegam tamb�m � ind�stria de adubo. A Yara, por meio de sensores acoplados ao trator, ajusta a dose de fertilizante na hora da aplica��o. Eles funcionam determinando a demanda de nitrog�nio por reflexo de luz –colora��o das folhas– e ajustando a dose para a aplica��o exata na cultura.
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