Hospitais de ponta implantam at� biometria para controlar rem�dios
Eles se parecem com uma m�quina de refrigerantes.
Do tamanho de uma geladeira, t�m porta de vidro e bandejas com fileiras de produtos variados. Mas, em vez de latinhas ou guloseimas, estocam rem�dios.
Os chamados dispensadores autom�ticos s�o mais um dos equipamentos que grandes hospitais implantaram para agilizar a distribui��o de rem�dios em perder o controle.
No S�rio Liban�s, hospital de ponta na zona central de S�o Paulo, o controle est� no dedo dos funcion�rios.
O BRASIL QUE D� CERTO - SA�DE |
---|
Veja inova��es e desafios do setor |
![]() |
Rob�s e c�digos de barra ajudam a evitar erros e desperd�cio de rem�dios |
Controle digital pode evitar 43 mil mortes por erro de medica��o, diz consultoria |
Segmento cresce at� 20% ano ano, mas crise afeta clientes p�blicos |
O sistema de seguran�a usa a biometria e s� abre depois de validar a impress�o digital.
Al�m disso, auxiliares de enfermagem s� conseguem retirar um medicamento de um dos 20 dispens�rios eletr�nicos se ele tiver sido receitado.
Para qualquer outro produto, ser� preciso chamar uma enfermeira, relata D�bora de Carvalho, gerente da farm�cia.
As m�quinas substitu�ram os arm�rios fechados a chave, e guardam rem�dios para casos de urg�ncia (dor, n�usea, hipertens�o) e psicotr�picos.
"Isso acelera o atendimento em casos de dor aguda ou febre alta", diz D�bora.
O S�rio usa c�digos de barra para produtos m�dicos desde 2007 e, desde 2009, o controle conhecido como beira-leito, que registra que profissional ministrou cada unidade de rem�dio para qual paciente internado.
Neste ano, investiu R$ 8 milh�es em rob�s que separam, etiquetam, armazenam e re�nem os medicamentos por ordem cronol�gica de administra��o, por paciente.
Divulga��o |
![]() |
Dispensador autom�tico de rem�dios em hospital |
100% INTEGRADO
Outro hospital de ponta paulistano, o Albert Einstein, deve implantar at� o final deste ano o sistema beira-leito (que registra que unidade de medicamento foi ministrada a cada um dos pacientes, e por qual profisisonal) em todos os departamentos, incluindo pronto atendimento e setor cir�rgico.
Os rob�s para separar rem�dios vir�o em 2017, diz Nilson Malta, gerente de automa��o hospitalar da institui��o.
No total, o projeto est� or�ado em R$ 180 milh�es.
Divulga��o |
![]() |
Rem�dios pr�-fracionados na farm�cia central do hospital Albert Einstein |
Ser� preciso fornecer crach�s com chip e leitores �pticos para os profissionais de enfermagem e todo o sistema de prontu�rio eletr�nico deve ser trocado.
O passo seguinte, diz Malta, seria robotizar a manipula��o de produtos injet�veis.
Mas n�o h� prazo para isso, porque n�o h� no Brasil fornecedores cujo custo compense o investimento.
Para o gerente, o principal ganho com a tecnologia na log�stica � a agilidade.
ATIVIDADE-FIM
Ganha-se tamb�m a possibilidade de concentrar na atividade-fim do hospital -o tratamento dos pacientes- funcion�rios que cuidavam de tarefas manuais ou burocr�ticas.
Estudo da McKinsey, de 2012, estima que a cadeia global de suprimentos de rem�dios gaste at� 270 milh�es de horas-homem de trabalho para rastrear ordens de suspens�o e chegue a perder at� 180 milh�es de unidades de medicamento nessas opera��es.
Para a consultoria, o sistema digital libera at� 40% de tempo da equipe cl�nica para se dedicar a pacientes, al�m de reduzir a perda de medicamentos e os erros de medica��o.
No S�rio, o investimento nos rob�s e nos dispens�rios permitiu aumentar o n�mero de leitos de interna��o de 260 para 462, sem necessidade de aumentar nem o estoque nem a equipe na mesma propor��o, diz Edi Carlos Reis de Souza, diretor de log�stica do hospital.
Para atender ao novo n�mero de leitos, havia sido prevista uma equipe de 120 profissionais para recebimento, central de etiquetagem, farm�cia central e almoxarifado.
O sistema permitiu mais efici�ncia com 80 pessoas.
Marcus Leoni - 15.ago.2016/Folhapress |
![]() |
Etiquetas com informa��es sobre medicamentos em sistema robotizado do S�rio |
D�bora de Carvalho diz que era necess�rio um n�mero alto de funcion�rios para manter o percentual de perdas em n�veis aceit�veis, o que gerava banco de horas e cansa�o.
GANHO DE ESCALA
Para Souza, a implanta��o de um sistema completo de controle como o do S�rio s� � economicamente vi�vel para hospitais com mais de 400 leitos.
"� preciso ter uma escala suficiente para que o ganho de efici�ncia e a redu��o de custos compensem o investimento", afirma Malta, do Einstein.
Uma das principais fontes de economia � a redu��o de perdas de medicamentos, relevante porque os insumos s�o o segundo item de maior custo em hospital, superado pela folha de pagamento.
A m�-gest�o, segundo empresas do setor, provoca perdas de at� 20% dos insumos e pode reduzir a margem de lucro em at� 15%, segundo estudo da consultoria McKinsey.
Um escoadouro de recursos � o vencimento do prazo de validade. Estudo da McKinsey feito em 2011 com 80 executivos de hospitais no mundo calculou perdas de at� US$ 50 bilh�es em um ano com rem�dios vencidos, tendo como base uma perda de at� 20% do estoque por
caducidade.
Sem um controle eficaz, os funcion�rios pegam a caixa de rem�dio que est� mais perto, n�o a mais antiga, o que eleva o desperd�cio.
Marcus Leoni - 15.ago.2016/Folhapress | ||
![]() |
||
Medicamento embalado e identificado com c�digo de barras � dispensada por rob� no S�rio Liban�s |
EFICI�NCIA
A consultoria estima que os sistemas de controle permitem aos hospitais cortar at� 40% do custo de m�o de obra com recall, 20% do custo financeiro do estoque, 15% do custo de gest�o de estoque, at� 55% do custo com prazo de validade vencido e 45% do custo com registros. No total, a economia de custos fica entre 25% e 35%. Projetado mundialmente, o dado representava, em 2012, uma economia de at� US$ 100 bilh�es.
Estimativa feita para um hospital de 300 leitos, com 20 mil pacientes por ano e receitas anuais de US$ 300 milh�es (perto de R$ 1 bilh�o) resulta em economia seria de at� US$ 4,3 milh�es por ano, ou 1,4% do faturamento.
Al�m disso, segundo a McKinsey, o aumento de efici�ncia e a libera��o de funcion�rios para cuidar dos pacientes traz ganhos adicionais, elevando o custo-benef�cio em at� 20 vezes num per�odo de dez anos.
No caso do S�rio, al�m do controle digital, comiss�es de padroniza��o e homologa��o discutem os medicamentos a ser usados, para evitar compras desnecess�rias e vencimento do prazo de validade.
Segundo D�bora, o S�rio trabalha com uma meta de 0,3% de perda. "S� mesmo o inevit�vel, como a quebra de um frasco por acidente", diz Souza, o diretor de log�stica.
[ custo dos medicamentos] - Estimativa global em um ano, e redu��o com controle digital
Livraria da Folha
- Box de DVD re�ne dupla de cl�ssicos de Andrei Tark�vski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenci�rio
- Livro analisa comunica��es pol�ticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 06/08/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | +0,16% | 125.476 | (11h50) |
Dolar Com. | -1,33% | R$ 5,6629 | (12h00) |
Euro | 0,00% | R$ 6,3163 | (11h31) |