Estaleiro Enseada vai reestruturar d�vida de R$ 700 milh�es
Roberto Stuckert Filho/PR | ||
Presidente Dilma Rousseff durante cerim�nia de lan�amento da pedra fundamental do estaleiro Enseada |
O estaleiro Enseada —que pertence a Odebrecht, UTC, OAS e Kawasaki— vai reestruturar, pelo menos, R$ 700 milh�es em d�vidas com fornecedores.
Em dificuldades financeiras, a empresa precisa reduzir o valor dos contratos de compra de equipamentos e obter mais prazo para pagar.
Segundo a Folha apurou, o estaleiro deve contratar at� o fim do m�s uma consultoria de reestrutura��o de empresas. Tr�s consultorias estariam no p�reo.
O objetivo � obter ajuda especializada, mas, por enquanto, n�o est� nos planos um pedido de recupera��o judicial. O estaleiro tem R$ 1,1 bilh�o a receber da Sete Brasil, o que seria suficiente para cobrir os d�bitos.
As d�vidas banc�rias, por enquanto, n�o ser�o inclu�das na reestrutura��o. A maior parte —R$ 950 milh�es— � um empr�stimo do Fundo da Marinha Mercante, com 20 anos para pagar. As d�vidas de curto prazo somam R$ 100 milh�es.
Apesar de j� ter conclu�do 82% das obras da unidade de Paragua�u, na Bahia, o Enseada foi obrigado a paralisar boa parte de suas atividades e demitir 8.000 funcion�rios. Apenas os trabalhos na unidade de Inha�ma, no Rio, continuam.
A crise da empresa come�ou depois que a Sete Brasil parou de pagar aos estaleiros que contratou para construir 21 sondas, que seriam alugadas para a Petrobras explorar as megarreservas do pr�-sal.
Boa parte dos estaleiros, incluindo o Enseada, e a pr�pria Sete surgiram para aproveitar uma pol�tica do governo Lula de fomento � ind�stria naval, que exige mais conte�do local da Petrobras em seus equipamentos.
O projeto bilion�rio da Sete Brasil come�ou a fazer �gua depois do esc�ndalo de corrup��o na Petrobras revelado pela Opera��o Lava Jato. Na Sete, altos funcion�rios foram acusados de cobrar propina dos estaleiros para obter os contratos.
Os tr�s s�cios nacionais do Enseada —Odebrecht, UTC e OAS— tiveram seus executivos presos pelo juiz S�rgio Moro. Marcelo Odebrecht, dono da Odebrecht, continua na cadeia em Curitiba.
O esc�ndalo da Lava Jato piorou a situa��o do estaleiro Enseada, travando o cr�dito. Banco do Brasil e Caixa –que repassam os recursos do Fundo da Marinha Mercante— n�o liberaram a segunda parcela prevista de recursos, cerca de R$ 600 milh�es.
MENOS SONDAS
Para tentar se equilibrar, o Enseada quer reduzir o contrato com a Sete Brasil de 6 para 4 sondas. Para isso, � preciso diminuir os contratos dos fornecedores.
S�cio mais envolvido com o Enseada, a Odebrecht tamb�m tenta convencer as empresas japonesas, que j� est�o no estaleiro, a participar ainda mais do neg�cio.
A ideia � que os japoneses comprem a fatia da Sete Brasil nessas sondas, alugando diretamente para a Petrobras.
A Odebrecht tem interesse especial no neg�cio, porque, al�m de participar do estaleiro, � operadora e s�cia da Sete nas sondas, com uma participa��o minorit�ria.
Os japoneses, no entanto, querem que a Petrobras d� o aval para a revis�o do projeto da Sete, o que at� agora n�o aconteceu.
Procurado, o Enseada confirma a reestrutura��o, mas n�o deu detalhes.
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