Crescimento regional depender� da capacidade de adapta��o da ind�stria
A regi�o Sul pode ser considerada privilegiada, com uma renda per capita 13% superior � m�dia nacional (R$ 24,4 mil, segundo dados do IBGE para 2011) e uma estrutura produtiva diversificada.
Al�m da importante base agr�cola, que responde por cerca da metade da produ��o nacional de gr�os, os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paran� possuem uma importante base industrial, que abrange desde a produ��o de manufaturas simples –como alimentos, t�xteis, cal�ados e m�veis– at� as de maior complexidade –como derivados de petr�leo, autom�veis, carrocerias e m�quinas.
A economia do Rio Grande do Sul representa atualmente 6,4% da nacional. Tendo respondido por cerca de 7% no in�cio da d�cada, a participa��o do Estado reduziu-se em 2004 e 2005 devido a uma forte estiagem que atingiu o agroneg�cio estadual. Nos �ltimos anos, no entanto, o crescimento m�dio da economia ga�cha tem acompanhado o da nacional.
Importante produtor brasileiro de soja, o Estado encontra limites para a expans�o dessa atividade, seja devido �s quedas recorrentes de produtividade associadas � instabilidade clim�tica, seja devido ao esgotamento da fronteira agr�cola.
Observa-se, por outro lado, uma mudan�a setorial em curso na ind�stria ga�cha. Enquanto setores tradicionais, de produtos aliment�cios, cal�ados e fumo, enfrentam dificuldades, as ind�strias automotiva e de m�quinas e equipamentos t�m se mostrado din�micas.
Para isso contribuiu n�o somente o crescimento da demanda nacional por autom�veis, mas tamb�m a expans�o do investimento produtivo na �ltima d�cada, que favoreceu a produ��o estadual de carrocerias, de m�quinas agr�colas e de bens de capital em geral, inclusive para a explora��o de petr�leo e g�s.
A economia do Paran� tamb�m tem crescido, nos �ltimos anos, em linha com a economia nacional. O Estado � o segundo maior produtor de soja do pa�s, posto alcan�ado com importantes ganhos de produtividade.
A ind�stria paranaense concentra-se na produ��o de alimentos, ve�culos e derivados de petr�leo. O bom desempenho da fabrica��o de ve�culos, somado � sua elevada participa��o no parque fabril local, garantiu � ind�stria paranaense o melhor desempenho da regi�o na �ltima d�cada.
Nesse per�odo, entretanto, o Paran� teve perda de participa��o no PIB do pa�s, saindo de 6% para os atuais 5,8%.
Entre os tr�s Estados, Santa Catarina � o que possui a menor participa��o na economia brasileira (4,1%).
Por�m, � o Estado com a maior renda per capita da regi�o (R$ 26,8 mil anuais) e que tem apresentado maior dinamismo, ganhando participa��o na economia nacional, nos �ltimos anos.
Assim como no Rio Grande do Sul, a ind�stria catarinense passa por um processo de mudan�a setorial, com queda na produ��o das ind�strias tradicionais, como t�xteis e vestu�rio, em simult�neo ao crescimento da produ��o da ind�stria de alimentos, celulose, metalurgia e material el�trico.
Os indicadores de desenvolvimento da regi�o mostram-se avan�ados para o padr�o do pa�s, mas o cen�rio traz desafios.
Alguns eixos de crescimento presentes em n�vel nacional, como o da ind�stria extrativa e a expans�o da fronteira agr�cola, n�o est�o dispon�veis �s economias do Sul.
Nesse contexto, a continuidade do crescimento da regi�o depender�, cada vez mais, da capacidade da ind�stria local de se adaptar aos cen�rios nacional e mundial, preservando a sua fatia na demanda brasileira e ampliando a articula��o com a agricultura e a ind�stria extrativa do pa�s.
CEC�LIA HOFF � economista da Funda��o de Economia e Estat�stica e professora da PUC-RS.
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