Saltar para o conte�do principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/08/2010 - 09h50

Ap�s pol�mica em clipe, Erykah Badu se apresenta no Brasil

Publicidade

THIAGO NEY
DE S�O PAULO

Uma mulher caminha pelas ruas de Dallas e vai tirando a roupa, pe�a a pe�a. Nua, ao chegar perto do local onde John Kennedy foi assassinado, em 1963, ela cai, como se tivesse levado um tiro.

A mulher � Erykah Badu, no v�deo de "Window Seat". O clipe foi gravado sem autoriza��o das autoridades; a pol�cia de Dallas amea�ou indiciar Badu por atentado ao pudor; ONGs reclamaram do "mau gosto" da cantora.

Qual o objetivo de Badu? "O v�deo foi realmente chocante, porque queria chamar a aten��o para o 'groupthink'", contou a cantora � Folha, ontem, por telefone.

Martial Trezzini/Efe
A cantora americana Erykah Badu, que se apresenta no Brasil
A cantora americana Erykah Badu, que, ap�s clipe pol�mico, se apresenta no Brasil no final deste m�s

"Groupthink" (ou pensamento de grupo) � um termo cunhado pelo psic�logo Irving Janis nos anos 1970 para descrever como, em um grupo, ocorrem press�es para que ideias individuais n�o flores�am para que se alcance uma conformidade.

"Queria que motivasse discuss�o. Todos os dias somos intimidados por outros que n�o querem que pensemos de maneira diferente."

A entrevista com Badu foi motivada por sua vinda ao Brasil. Ela se apresenta no Rio (no pr�ximo dia 28) e em S�o Paulo (no dia seguinte).

Badu --ou Erica Wright--, 39, nasceu em Dallas, Texas (EUA). O "Badu" veio de um verso de uma can��o-falada do cancioneiro americano ("shu-badu-badu"). � m�e de tr�s crian�as de pais diferentes --uma delas, de Andr� 3000, do Outkast.

Ela se tornou conhecida na com seu primeiro disco, "Baduizm", de 1997.

Veja v�deo

Sua m�sica abria espa�o para improvisos jazz�sticos, possu�a uma aspereza vinda do rap e melodias que remetiam a nom�es da black music americana. Por isso, classificaram Badu de neo-soul --termo que ela abomina. "Nem sei o que significa."

Quando come�ou, inspirava-se na "energia de Chaka Khan, no cora��o de Stevie Wonder, na sinceridade de Joni Mitchell". Hoje ela � inspira��o para um sem-n�mero de jovens cantoras.

"Vejo similaridades. Eu gosto, porque mostra que as pessoas se emocionam por minha m�sica. Fico feliz."

Badu lan�ou cinco discos. Os dois �ltimos, "New Amerykah Part One" (2008) e "New Amerykah Part Two" (2010), s�o como irm�os --um nascido sob George Bush, o outro, sob Obama.

"H� algumas conota��es pol�ticas, sim, mas o clima n�o mudou muito. Apenas a percep��o das pessoas."

Badu v� as redes sociais como "evolu��o" --tanto que chegou a tuitar que iria entrar em trabalho de parto. "Gosto da ideia de redes sociais. De que pessoas distantes geograficamente, que n�o se conhecem, podem se comunicar. � uma evolu��o nas rela��es humanas."

ERYKAH BADU
QUANDO: 28/8 (RJ) e 29/8 (SP)
ONDE: Esta��o Leopoldina (av. Francisco Bicalho, s/n�, Rio); Credicard Hall (av. das Na��es Unidas, 17.955; SP)
QUANTO: R$ 100/R$ 400; 12 anos

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da p�gina