O rapper Kanye West e a marca alemã Adidas chegaram a um acordo amigável para encerrar os processos judiciais em que estiveram envolvidos nos últimos dois anos. A informação foi divulgada pela marca, que diz também que o acordo, negociado fora dos tribunais, não terá trocas financeiras.
Em 2022, a Adidas encerrou sua lucrativa colaboração com West após comentários antissemitas feitos pelo rapper polêmico. Desde então, as duas partes entraram em conflito por diversas questões.
No mês passado, West provocou a Adidas em um evento de "Vultures 2" em Hainan, China. O rapper e seus fãs gritaram palavrões e fizeram gestos obscenos em relação à marca. Em agosto de 2024, ele também criticou a companhia, na Coreia do Sul.
Bjorn Gulden, CEO da Adidas, afirmou em uma teleconferência que não há mais "questões em aberto" e nem "dinheiro fluindo de um lado para o outro".
Desenvolvida pela Adidas e Kanye West, a coleção de tênis "Yeezy" teve grande sucesso desde seu lançamento, em 2014. Em 2023, a empresa teve sua primeira perda líquida anual —€ 58 milhões, cerca de R$ 357 milhões– e lutou para se reerguer. Gulden buscou liquidar o estoque e impulsionou outras linhas populares de tênis, como Samba e Gazelle.
Ainda resta no estoque da Adidas um estoque de valor estimado de € 1,2 bilhões, ou cerca de R$ 7,3 bilhões. A empresa vai vender o estoque em lotes e doar parte dos lucros à sua fundação e associações que lutam contra o racismo e o antissemitismo.
O restante do estoque será vendido "a preço de custo" até o final do ano, afirma a marca.
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